Guilherme Vasconcellos, o novo sócio na área de direito da família e sucessões do Marcelo Tostes Advogados, é especialista em direito internacional público e privado e direito constitucional. O advogado, que tem mais de 15 anos de expertise nestas áreas, respondeu ao "Questionário LexLatin".
Que filme/romance na área jurídica você recomendaria?
Impossível citar apenas um, seguem alguns, dentre muitos:
"O mercador de Veneza" – discussões interessantes sobre o princípio da pacta sunt servanda e a sentença impossível;
"Filadelfia" – onde temos importantes discussões acerca do ambiente de trabalho e preconceitos;
"Amistad" – abordagem importante sobre a escravidão e a objetificação (via contratual) de seres humanos em tempos pouco distantes;
"As duas faces de um crime" e "Uma questão de honra" – sobre a perspicácia, inteligência e sutileza imprescindíveis na busca da verdade real dos fatos, ainda que em aspectos processuais distintos de nosso ordenamento;
"O povo contra Larry Flint" – aspectos primordiais no diapasão da liberdade versus legislação e costumes.
O que você mais gosta e não gosta na profissão de advogado?
O que mais gosto é a possibilidade de, através do Direito, satisfazer efetivamente as necessidades de um cliente, especialmente na busca da correção de injustiças ou mesmo no simples enfrentamento das burocracias sempre presentes em nossa vida.
O que menos gosto, diante do cenário atual, é perceber forte grau de insegurança jurídica em julgados que estão afastados de princípios basilares previstos em nosso ordenamento. Essa incerteza acaba por permear reuniões com os clientes, vez que, apesar da evolução constante do Direito, muitas vezes temos dificuldades de mensurar as chances de êxito e fracasso das demandas.
Qual foi o melhor investimento em sua carreira profissional?
Penso que o melhor investimento é o atual: qual seja, o ingresso no escritório Marcelo Tostes Advogados, que detém a seriedade e competência como foco primordial de atuação. Outro aspecto que me cativa é sempre estar atento à inovação tecnológica, tema também caro a estes profissionais e de meu constante investimento pessoal.
Quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo em seu novo cargo?
O objetivo primordial é sempre a atenção ao cliente. A excelência na prestação de serviços. Entender as suas necessidades e apresentar a melhor solução possível para as demandas. Curto, médio e longo prazo se confundem nessa constante busca de se aprimorar procedimentos, e estendê-los, com a mesma eficiência e qualidade, ao maior público possível.
Como um advogado pode desenvolver sua marca pessoal?
Atuando sempre com correção, clareza e ética profissional em relação ao cliente. Tratar também todos os colegas do Direito (advogados, juízes, promotores, defensores, serventuários…) com a urbanidade e respeito necessários, ainda que, muitas vezes, defendendo interesses conflitantes. No longo prazo, a marca pessoal do advogado acaba sendo o próprio reflexo deste tipo de atuação.
Cite alguém (um exemplo a ser seguido, um tutor) que influenciou sua carreira?
Dois profissionais, na área do direito da família e das sucessões, são imprescindíveis para a minha formação: o primeiro, Arlindo Vieira Gabriel, promotor de Justiça da 1ª Vara de Família de Belo Horizonte – MG, pela tranquilidade e coesão com que sempre tratou temas bastante sensíveis à sociedade.
Após esse primeiro contato, Tereza Mafra (professora de direito de família da Faculdade Milton Campos) foi a principal tutora no aspecto jurídico e também moral. A correção e profissionalismo na atuação desta profissional sempre me cativou, sem deixar de ressaltar o brilhantismo de sua capacidade técnica, amplamente conhecido no cenário nacional.
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