TSE adia eleições para prefeito e vereador em Macapá

Protestos por falta de energia em Macapá/ Rudja Santos/Amazônia Real
Protestos por falta de energia em Macapá/ Rudja Santos/Amazônia Real
Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal, levará decisão a plenário. Nova data ainda será definida.
Fecha de publicación: 12/11/2020

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, atendeu na madrugada desta quinta-feira (12) pedido do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) e decidiu pelo adiamento das eleições para prefeito e vereador na capital Macapá. Nos demais municípios do estado a votação ocorrerá normalmente neste domingo, 15 de novembro.

O adiamento se dará, segundo Barroso, “até que se restabeleçam as condições materiais e técnicas para a realização do pleito, com segurança da população”. A nova data para realização do pleito em Macapá deverá ser definida entre o TRE e o TSE.

O processo será levado para referendo do plenário da corte na manhã desta quinta (12).

Na decisão, o presidente do TSE destaca que o relato do presidente do tribunal regional “retrata situação que permite concluir que, na capital, Macapá, não há segurança adequada para a realização das eleições”.

Barroso lembrou que o artigo 187 do Código Eleitoral prevê a possibilidade de adiamento por razões excepcionais e afirmou que postergar a data não reabre quaisquer outros prazos do processo eleitoral.

Segundo o ministro, informações de outros órgãos, como Polícia Federal e Abin, mostraram “consenso acerca dos riscos da realização das eleições neste domingo”.
 

“Fatos extraordinários e imprevisíveis tornaram inviável a realização de eleições em Macapá, já que ainda não foi restabelecido o regular fornecimento de eletricidade no município e o efetivo da Polícia Militar não se mostra suficiente para garantir a segurança dos eleitores.

Nesse contexto, não é legítimo exigir que a população de Macapá seja submetida ao sacrifício extremo de ser obrigada a comparecer às urnas em situação de calamidade pública, reconhecida por decreto municipal, e, ainda, de risco à segurança”, afirma a decisão.

No pedido apresentado ao TSE no início da noite desta quarta, o presidente do TRE, Rommel Araújo, afirmou que se reuniu na tarde de quarta-feira (11) com representantes da área de inteligência da Abin, Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal, que relataram, em razão do retorno gradual da energia, “ações de vandalismo, algumas delas dirigidas e coordenadas por integrantes de facções criminosas”.


Além disso, segundo o presidente do TSE, “parte da população, que sofre com o desabastecimento de água e falta de energia elétrica, está sendo incitada à realização de queima de pneus em via pública, bem como a depredarem o patrimônio público”. Ele destacou a previsão de “várias manifestações (…) sendo convocadas para demonstração de desagrado em frente aos locais de votação, o que colocaria em risco os eleitores da capital”.

Araújo destacou que o efetivo da Policia Militar estava reduzido por conta de policiais que testaram positivo para a Covid-19.

Nas demais cidades do Amapá, explicou o presidente, “a situação de segurança do eleitor poderá ser mantida sob controle, com o aparato de segurança atualmente disponível”. Com informações da assessoria de imprensa do TSE.

Veja a íntegra da decisão do ministro Luís Roberto Barroso

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