Meu Tudo assina contrato de investimento com a Goldman Sachs por R$ 2,1 bi

Meu Tudo emprega 150 pessoas, valor que espera dobrar no final deste ano/Meu Tudo
Meu Tudo emprega 150 pessoas, valor que espera dobrar no final deste ano/Meu Tudo
O banco de investimento pode adquirir até 10% do capital social da fintech brasileira
Fecha de publicación: 03/08/2021

A fintech brasileira Tudo Serviços (Meu Tudo) e uma filial do banco de investimentos americano Goldman Sachs, assinaram um acordo de investimento por R$ 2,1 bilhões (US$ 405,9 em 21 de julho).

A operação inclui um investimento inicial de R$ 300 milhões (US$ 57,2 milhões) por meio da subscrição de cotas subordinadas de fundos de investimentos que serão constituídos nos próximos 42 meses, com o exclusivo propósito de adquirir direitos de crédito derivativo de empréstimos consignados com franquia concedidos aos beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) do Brasil e originado por meio da plataforma eletrônica Meu Tudo. As cessões de crédito começaram em 2 de junho.

A transação também contempla a aquisição de uma participação da controladora (10%) no capital social do Meu Tudo por parte do banco de investimento.

O acordo foi anunciado pela empresa em 13 de junho. O Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados assistiu a companhia brasileira na preparação e negociação dos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) e nos contratos de investimento e liquidação, estes últimos executados em 29 de abril.


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O Machado Meyer Advogados aconselhou a Goldman Sachs na due diligence do Meu Tudo com foco na operação de origem com a preparação e negociação de carta de intenção e acordo de investimento relacionado à operação, bem como documentos FIDC (estatuto, contrato de cessão e contratos de prestação de serviços). O escritório comentou que o acordo foi estruturado concomitantemente com a implementação de mudanças operacionais no mecanismo de pagamento aplicável ao crédito consignado (PDL) do INSS. Comentou que, além disso, foi realizado em um momento em que o registro das transações de portabilidade com registradores credenciados pelo Banco Central do Brasil (como o CIP) está passando por ajustes operacionais para reduzir fraudes.

Com este investimento do Goldman Sachs, o Meu Tudo espera acelerar sua missão de melhorar a vida financeira e reduzir o endividamento dos brasileiros, ao mesmo tempo em que dimensiona a originação de crédito consignado por meio de sua plataforma e foca no aprimoramento dos produtos e na experiência de seus clientes. “O crédito consignado é a principal fonte de crédito para as pessoas disponíveis no mercado financeiro brasileiro”, comentou a empresa em comunicado e indicou que até abril o valor desembolsado dessa forma foi de cerca de R$ 500 bilhões (US$ 95,3 milhões), segundo dados do Banco Central.

A Meu Tudo oferece crédito consignado online por meio de um aplicativo e da web, de forma rápida, simples e prática, alavancado em tecnologia e sem intermediários. Para este ano, pretende emprestar até R$ 2 bilhões (US$ 381,4 milhões), quatro vezes mais do que em 2020. A empresa emprega 150 pessoas, valor que espera dobrar no final deste ano.


Assessores jurídicos

Assessores da Tudo Serviços S.A. (Meu Tudo):

  • Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados: Sócios Ronald Herscovici, Eduardo José Herszkowicz e Luciana de Castro Mares Torres. Associada Nathalia Rabello.

Assessores do Goldman Sachs:

Machado Meyer Advogados: Sócios Camilo T. Gerosa Gomes, Renato Maggio e André Politi Esposito Gomes. Advogada Alessandra Hidemi Takara.

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