
Após um ano e meio de implantação do teletrabalho devido à crise sanitária, o setor jurídico vem adotando medidas para retornar gradativamente aos escritórios. Um indicador desta transição, como foi detalhado no artigo O redesenho dos escritórios de advocacia e seu impacto financeiro, é a pesquisa que a United States Commercial Real Estate Services (CBRE) realizou com 180 firmas americanas. De acordo com os resultados, uma das maiores preocupações sobre a eficiência das firmas é o tamanho dos escritórios e a redução do espaço reservado para seu crescimento.
Além disso, também é preocupante a gestão eficiente do espaço remoto de arquivos e bibliotecas e digitalização e o ajustamento dos percentuais de apoio administrativo e de secretariado com o desenvolvimento de centros de apoio. Cabe destacar que, a respeito disso, 75% dos entrevistados consideraria definir uma estratégia de mobilidade para que seu pessoal trabalhe em uma modalidade mista entre casa e escritório.
Para aprofundar neste tema, na próxima quinta-feira, 24 de junho, LexLatin e KermaPartners apresentam o Debate LexLatin Escritórios do futuro: Evolução das firmas latino-americanas, que contará com as falas de Santiago Carregal, sócio e presidente do Marval O’Farrell Mairal; Manuel Galicia, sócio fundador do Galicia Abogados; José María Eyzaguirre, sócio da Claro & Cia, e Mariela Buendía-Corrochano, arquiteta e diretora de design da Gensler.

Mariela Buendía-Corrochano assessorou uma série de projetos para diversas firmas como Clifford Chance e Mayer Brown LLP, assim como projetos para AT&T, BlackRock, Deutsche Bank, The George Washington University, Tecnológico de Monterrey, Todomoda, Isadora, Citi Banamex e Centro Comercial Santa Fé, na Cidade do México.
A respeito da regulamentação do teletrabalho no México, Buendía-Corrochano menciona que está avaliando com cada cliente do setor jurídico uma fórmula adequada do redesenho de espaços, considerando a porcentagem de advogados que trabalhará na firma de forma presencial.
“Estes números afetam o total da área que a firma vai renovar em um espaço existente ou no total de metros quadrados a serem ocupados se considerarem mudar a outro espaço”.
Além de resolver aspectos que tem a ver com a cultura flexível e o sistema dinâmico de assentos, a firma deve observar o bairro ou o desenho do edifício, se se alinha com a marca da firma; também a confirmação de outras firmas de advogados na zona ou edifício e o código de design que deve ser aplicado no setor para o espaço, entre outras.
“A maioria das firmas decide ir a centros e edifícios proeminentes na cidade. Trabalhei com firmas na Cidade do México, na Cidade do Panamá, São Paulo e São José da Costa Rica, e todas elas, sem exceção, sejam locais ou globais, decidiram se mudar a um centro importante da cidade”, afirma.
Especificamente como prevenção de contágios do coronavírus, Buendía-Corrochano identifica que a tendência mais marcada está na mudança de equipamentos de ventilação, que trazem um incremento de ar fresco ao interior, assim como de sistemas de filtração, para melhorar a qualidade do ar dos escritórios.
No debate será abordado também a importância de renegociar os contratos de locação, para viabilizar a modificação do espaço, seja pela redução, seja pela mudança para outra área da cidade.
No dia 24 de junho, às 10:30 BRT, participe do Debate LexLatin: “Escritórios do futuro: evolução das firmas latino-americanas”. É gratuito! Inscreva-se e conheça os detalhes aqui.
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