O que aconteceu no1º Debate de LexLatin Brasil

: esclareça suas dúvidas e faça perguntas!/Pixabay
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Especialistas analisaram mudanças ponto a ponto e esclareceram dúvidas.
Fecha de publicación: 27/07/2021

Na semana passada, após 26 horas de sessão, os conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovaram os artigos para o novo provimento sobre marketing jurídico no país. A discussão foi feita por 81 conselheiros que abordaram artigo por artigo. O novo provimento entrará em vigor em agosto.

 

As novas regras substituem o antigo provimento que prevê a publicidade na prática jurídica, mas que sequer menciona o uso da internet, o que gerava desentendimentos entre as seccionais da OAB por todo o país. A proposta amplia os canais de comunicação e cria maior flexibilidade no uso de ferramentas tecnológicas em nível nacional.

 

Para aprofundar o tema, LexLatin Brasil realizou nesta terça-feira (27) o Debate Marketing jurídico: Os desafios do novo provimento da OAB. O encontro teve a presença de Ary Raghiant Neto, coordenador do Grupo de Trabalho sobre Publicidade do Conselho Federal da OAB; Carlos Cajé Santos da Silva, presidente Nacional do Conselho Diretor do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados - Cesa; e Andreia Gomes, fundadora da AGomes Marketing e cofundadora da Latin America Legal Marketing Alliance (LALMA). 

 

Ary Raghiant Neto
Ary Raghiant Neto

Ary Raghiant Neto comandou o grupo de trabalho sobre as novas regras na OAB e afirma que esse é um dos tema que mais desperta interesse da advocacia brasileira na atualidade, envolvendo todos os segmentos. 

 

“A publicidade impacta no dia a dia do advogado, no exercício da profissão, da forma como ele está presente, diferentemente de outras deliberações da OAB que interessam, por exemplo, ao segmento trabalhista, ao segmento dos advogados criminalistas. Esta discussão interessa ao país. Pensando na advocacia nacional, são um milhão duzentos e sessenta mil advogados hoje”, afirma.

 

Até a aprovação do novo provimento, os advogados se viam impedidos de promover seus serviços pelos diferentes meios de comunicação. Nesse sentido, na visão de Andreia Gomes, o novo provimento representa um “divisor de águas” para o marketing jurídico, tornando a prática dessa disciplina mais democrática para escritórios e advogados de todo o país.

 

“O mercado legal tem que sobreviver e os advogados são profissionais que precisam promover seu trabalho. Nosso país tem enormes diferenças e está muito além das grandes metrópoles. Se o advogado não puder fazer uso dessa prática, como vai se apresentar ao mercado?”, avalia a especialista.

 

Cajé

A jovem advocacia teve um papel importante nessa reivindicação por um provimento mais atualizado. Segundo Carlos José Santos da Silva (Cajé), o jovem advogado necessita de um mercado mais moderno, porque ele tem essa visão.

 

“A necessidade dele, da divulgação dos seus serviços e de que as pessoas os conheçam, é muito maior do que uma sociedade já estabelecida. Precisamos criar mecanismos para quem está entrando no mercado”, diz Cajé. 

 

No debate, foi discutido o que é permitido fazer na publicidade e no marketing no mundo jurídico, o uso de ferramentas tecnológicas como impulsionamento, Google Ads, chatbots, dentre outras questões relacionadas ao marketing digital. Também será abordado como as redes sociais poderão ser utilizadas e a criação do Comitê Regulador de Marketing Jurídico, órgão consultivo que vai ajudar a acompanhar os avanços nas ferramentas de marketing e de tecnologia, e propor atualizações às regras.

 

Esse foi o primeiro debate realizado depois da aprovação final do Novo Provimento da OAB sobre publicidade no país. Mas ainda há muito o que discutir sobre as novas regras, que começam a valer em 30 de agosto.

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