Os 15 aeroportos leiloados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em três blocos de licitação renderam um total de R$ 2,716 bilhões para o governo federal e investimentos contratados de R$ 7,3 bilhões para os próximos 30 anos, período da concessão à iniciativa privada. O leilão foi realizado na B3, no dia 18 de agosto.
Juntos, os três blocos de aeroportos processam aproximadamente 15,8% do total do tráfego de passageiros do país, o equivalente a mais de 30 milhões de passageiros por ano – de acordo com dados do governo federal de 2019, período pré-pandemia.
O Bloco SP-MS-PA-MG, liderado por Congonhas (SP), foi arrematado pela Aena Desarollo Internacional SME SA por R$ 2,45 bilhões. Integrado pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo (SP) e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ), o Bloco Aviação Geral teve como vencedor a XP Infra.
O Bloco Norte II, formado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), foi arrematado pelas empresas Dix e Socicam, integrantes do Consórcio Novo Norte, e chama a atenção pelo potencial de investimentos e impactos que deve gerar na região Norte do país.
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O Consórcio Nova Norte, formado pela Dix Empreendimentos e a Socicam Serviços Urbanos, venceu a licitação relativa ao Bloco Norte II.
De acordo com a documentação da licitação, o valor estimado do contrato corresponde a aproximadamente R$ 1,931 bilhões – incluindo o montante dos investimentos previstos e obrigatórios que incluem manutenção, gestão e expansão da infraestrutura a serem realizadas pelo vencedor da licitação ao longo de toda a concessão. O Consórcio ofertou uma proposta no valor R$ 125 milhões como contribuição inicial.
O Bloco Norte compreende dois aeroportos internacionais de grande importância no transporte aéreo da região Norte do Brasil: o Aeroporto Internacional Val-de-Cans/Júlio Cezar Ribeiro, situado em Belém (PA), o mais movimentado da região Norte do Brasil, e o Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, de Macapá (AP), o 4º mais movimentado da região.
“O setor de infraestrutura no Brasil é um dos mais frutíferos em termos de oportunidades de negócios para concessões”, diz Bruno Aurélio, sócio das práticas de Infraestrutura e Regulatório do Demarest.
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