Países oferecem vistos de trabalho remoto para nômades digitais

Entre os países que oferecem essa modalidade estão Alemanha, Barbados, Bermudas, Estônia, França, Geórgia, Portugal, República Tcheca e Tailândia/Pixabay
Entre os países que oferecem essa modalidade estão Alemanha, Barbados, Bermudas, Estônia, França, Geórgia, Portugal, República Tcheca e Tailândia/Pixabay
Alemanha, Portugal e República Tcheca são alguns dos países que abriram espaço para estrangeiros trabalharem remotamente.
Fecha de publicación: 25/03/2021

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A pandemia transformou a rotina de muitos profissionais e popularizou o home office. Com a crise sanitária e o fechamento de fronteiras, muitas pessoas voltaram para o país de origem ou tiveram que solicitar a extensão da estadia no país. Outras buscaram por destinos que pudessem trabalhar remotamente. Esses fatores, atrelados ao incentivo dos governos internacionais, promoveram a criação do visto de trabalho remoto para atrair nômades digitais. 

A criação dos vistos para regulamentar os viajantes que atuam em trabalhos remotos busca chamar atenção deste perfil profissional visando melhorar a economia local, sem sobrecarregar e gerar concorrência nas oportunidades de trabalho dentro do país para os moradores. Outro objetivo dos vistos para home office está voltado para amenizar as perdas do setor de turismo de cada país, já que viagens a lazer ainda não são recomendadas no momento. 


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Entre os países que oferecem essa modalidade, estão Alemanha, Barbados, Bermudas, Estônia, França, Geórgia, Portugal, República Tcheca e Tailândia.

A Alemanha tem programas de permissão para estrangeiros que pretendem trabalhar como freelancer ou outros regimes. Quem deseja atuar em território alemão, deve apresentar carta de recomendação de empregos anteriores, comprovante de renda, passaporte, seguro viagem, entre outros documentos. No site do governo é possível obter todas as informações e requisitos. 

Portugal oferece estadia temporária para os nômades digitais, além de obter diferentes programas de visto de trabalho remoto, que mudam de acordo com o perfil de cada turista. Os visitantes precisam se cadastrar como freelancer se desejarem ter um período mais longo de permanência no local e possuir uma conta bancária portuguesa. Para conhecer com detalhes, é preciso acessar o site Ministério de Assuntos de Portugal.

Na República Tcheca, o programa de vistos para trabalho remoto é direcionado para profissionais autônomos e remotos que pretendem ficar no país por mais tempo. Os interessados devem entrar em contato com o consulado do país. Para se inscrever, é necessário preencher um requerimento que solicita informações como comprovante de renda, tipo de acomodação e seguro viagem.

Já em Barbados, os interessados devem se inscrever pelo formulário no site e é preciso comprovar renda de 50 mil dólares ao ano. Na inscrição, é necessário enviar informações básicas, como certidão de nascimento e foto do passaporte. Para quem for aprovado, existem dois tipos de taxas: uma para visto individual e outra que serve como um pacote família. 

Em Bermudas, a política de visto para trabalho remoto também se estende para estudantes e permite que, assim como os trabalhadores, morem na ilha por até um ano. Aos interessados, é preciso ter mais de 18 anos, ter seguro saúde e comprovante de emprego ou de algum programa educacional. Além disso, o candidato deve declarar uma fonte contínua de renda estabelecida pelo próprio governo de Bermudas. 

Para Gustavo Mariotto, head de marketing da ViajaNet, os vistos para trabalho remoto oferecem uma opção para as pessoas que gostam e conseguem trabalhar em qualquer lugar do mundo, desde que tenha uma boa estrutura e conexão. “Além disso, abrir espaço para estrangeiros trabalharem pode melhorar a economia, pois os visitantes irão consumir e precisar de serviços locais, sem prejudicar os empregos dos moradores permanentes”.

Os pré-requisitos e tempo de estadia permitido variam para cada país. Entretanto, a comprovação de renda e de vínculo empregatício é uma exigência padrão, o que muda é a renda mínima exigida. 

Uma possível tendência do home office no pós-pandemia 

O home office possibilitou uma independência geográfica que muitos profissionais gostariam de ter, mas não conseguiam por estarem frequentemente no escritório e acelerou a consolidação de um regime de trabalho que já estava em ascensão, como os nômades digitais e comprovou uma grande economia para as empresas.  

A expectativa é que o formato continue em alta. Cerca de 30% das empresas nacionais cogitam manter o trabalho remoto após a pandemia, de acordo com um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2020. 


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Mesmo com a mudança repentina, muitas pessoas e empresas confirmaram que conseguem manter a produtividade de forma qualificada e sem grandes impactos à distância. 

O significativo aumento no número de casos de pessoas que pegaram o vírus tem feito com que muitos países restrinjam a entrada de brasileiros. Por isso, os profissionais que planejam viajar para trabalhar, além de verificar as exigências para obter o visto e para entrar em cada país, precisam se informar quanto à legislação e tributação da empresa em que trabalha e seguir de forma rígida os protocolos de segurança e higiene ao se deslocar até o destino.

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