Rappi adquire Box Delivery no Brasil

O Brasil é um mercado prioritário para o Rappi, que atende 140 cidades e quer oferecer entregas de todo tipo de produto (como farmacêutico ou financeiro), além do gastronômico/Divulgação
O Brasil é um mercado prioritário para o Rappi, que atende 140 cidades e quer oferecer entregas de todo tipo de produto (como farmacêutico ou financeiro), além do gastronômico/Divulgação
Operação acontece depois que o Rappi denunciou o iFood perante o Cade por práticas anticoncorrenciais.
Fecha de publicación: 19/04/2023

Embora o valor da operação não seja conhecido, a Rappi, empresa colombiana de entrega em domicílio concluiu recentemente sua maior aquisição até o momento ao adquirir 100% da startup brasileira Box Delivery.

Essa transação "fez o seu caminho" graças ao fato de que, em fevereiro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) proibiu o iFood (outra plataforma similar do Brasil) de continuar com a prática anticompetitiva (pela qual estava sendo investigada) de forçar redes de bares e restaurantes com mais de 30 lojas a firmar contratos de exclusividade para entrega em domicílio.

O Cade e o iFood também concordaram, na época, com diversas restrições aos contratos firmados com redes menores e a proibição de aplicar descontos a estabelecimentos comerciais para garantir seu uso.


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A Box Delivery (assessorada legalmente por Bronstein, Zilberberg, Chueiri e Potenza Advogados) é o que se poderia chamar de "empresa complementar", pois, ao contrário da Rappi (assessorada por Felsberg Advogados e Cooley LLP), atende o setor atacadista de entrega de alimentos e produtos para empresas, que conecta apenas os entregadores com as lojas.

O Brasil é um mercado prioritário para a empresa colombiana, que atende 140 cidades e quer oferecer entregas de todo tipo de produto (como farmacêutico ou financeiro), além do gastronômico, que foi o que levou Rappi a denunciar o iFood perante o Cade por supostas práticas anticoncorrenciais em 2020. Esse "confronto" no Brasil somou-se ao que ambas as empresas tiveram na Colômbia, país do qual o iFood finalmente se retirou em novembro de 2022, o que posicionou a Rappi como líder em entregas em domicílio, ao permitir que concentrasse 51% do mercado de delivery de comida.

Num contexto em que, como afirmou a Rappi em comunicado, "está garantida uma concorrência mais justa e equilibrada no setor", a empresa aposta em acordos como o que assinou em fevereiro com a cadeia de supermercados Justo, em São Paulo, que disponibilizou seu portfólio de produtos com mais de 7.000 itens no SuperApp da Rappi.


Assessores jurídicos

Assessores da Rappi S.A.S.:

  • Advogado interno: Diego Alonso.
  • Felsberg Advogados: Sócias Evy Marques e Paula Salles. Associado Sênior Gleycon Queiróz. Associadas Bárbara Natali dos Santos, Karen Dias, Miriam Ferreira, Clara Marques e Maria Paula Pereira de Andrade.
  • Cooley LLP (Nova York): Sócios Stephane Levy, Kevin Cooper. Associados Robert Warshaw, Daniel Han e Tommi McCarthy.

Assessores da Box Delivery:

  • Bronstein, Zilberberg, Chueiri e Potenza Advogados: Sócio Pedro Chueiri. Sócios Raphael Chamma, Guillermo Hoorn e Ana Paula Gama.

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