Os dados, matéria prima que geram as firmas

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Os dados ainda não são devidamente utilizados pelas firmas para definir suas distintas estratégias e desenvolver seu negócio
Fecha de publicación: 10/05/2021
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No mês de abril publicamos quatro artigos em Gestão LexLatin com uma clara interrelação: eles abordam um tema sobre o que todo advogado e firma deve refletir e tomar ação, a importância da geração de dados e seu uso.

Todos estamos conscientes da importância que representa hoje em dia a análise de dados que geram as firmas e igualmente estamos conscientes que sua análise ainda não forma parte das boas práticas das mesmas.

As firmas, na minha opinião, têm a necessidade de conhecer sua situação interna e poder definir estratégias para tomar uma série de decisões no âmbito interno e externo. A análise de dados que geram é uma das partes mais importantes, senão a mais importante, de qualquer análise e investigação que façam sobre sua situação e posição. Dita análise implica “a interpretação de dados compilados mediante o uso de um raciocínio analítico e lógico para determinar padrões, relações ou tendências”, como define datapine.com.

Em seu artigo, Oportunidades para criar um modelo sólido de serviço ao cliente baseado em dados, Mark Medice aponta que: “Necessitamos nos conectar com nossos clientes; aprendemos que somos capazes de mudar rapidamente e estamos fazendo durante o último ano; se antes da pandemia os dados eram de importância crítica, agora são ainda mais; as ferramentas tecnológicas estão nos fortalecendo, agora temos à nossa disposição melhores ferramentas que nos permitem gerar uma maior agilidade organizativa e contar com poderosas plataformas para comunicar histórias convincentes e oferecer informação estratégica”.

Continuando com o tema, Gustavo Rodríguez no seu artigo “Os indicadores fundamentais de gestão”, fez uma análise detalhada dos denominados KPIs (Key Performance Indicators, sigla em inglês).

Rodríguez aponta que os indicadores de gestão permitem conhecer o desempenho associado a todos os processos possíveis existentes na firma, para observar com maior clareza os processos gerais e particulares. A evolução dos indicadores através do tempo reconhece a evolução em produtividade e rentabilidade, de tal maneira que permite visualizar os avanços e retrocessos e suas causas associadas.

De acordo com a sua análise, os indicadores podem ser classificados em dois níveis, macro e micro e, por sua vez, em diferentes categorias ou natureza. Na sua opinião, os indicadores macro geram um relatório baseado na análise da evolução da produtividade e rentabilidade geral do negócio. Os micro permitem, com uma análise mais detalhada, distinguir e conhecer o desempenho de áreas críticas da firma, como as áreas de prática, os profissionais, clientes, faturamento, cobranças, etc. As categorias de indicadores (natureza) macro e micro dependem de cada firma com base na sua estrutura e composição interna.

Dentro da análise que os distintos artigos publicados fazem, Steven Ongenaet e Philipp Thurner nos perguntam se as firmas estão preparadas para a automatização do desenvolvimento do seu negócio

Apontam, assim como Mark Medice, que os advogados necessitam aproveitar as novas tecnologias para atualizar seus métodos de desenvolvimento de negócio e estabelecer relações exitosas com seus clientes.

No artigo falam da inovação através da automatização de processos, do marketing e do desenvolvimento da tecnologia CRM, que através de sua automatização se converte em uma aliada para o desenvolvimento das firmas. Ao fazer referência à inteligência de marketing automatizada, apontam que os CRM automatizados são só o primeiro passo do que a tecnologia pode contribuir hoje em dia. Outro elemento importante é identificar oportunidades adequadas para entrar - e manter - em contato e apontam que o LinkedIn se consolidou como a plataforma por excelência para os profissionais e a rede mais confiável para estes fins. Sua penetração no setor jurídico é quase universal. Este ecossistema se converteu em um verdadeiro tesouro para aqueles que sabem como explorá-lo, já que oferece indicações úteis e pertinentes nos fluxos de notícias personalizados.

Dizem que as mentes brilhantes pensam igual e, portanto, nas suas respectivas análises chegam à mesma conclusão sobre o LinkedIn. Lorena Borgo, no seu artigo “Funcionam as redes sociais para os advogados?”, conclui que “absolutamente SIM”, uma afirmação com maiúscula. Na sua opinião, por agora o melhor é focar em uma particular (LinkedIn), a rede social profissional por excelência.

No seu artigo explica brevemente (com o compromisso de aprofundar em próximas entregas) três aspectos fundamentais que permitem alcançar os benefícios que se buscam ao utilizar esta rede:

  • Ter um bom perfil
  • Contar com uma sólida rede de contatos
  • Interagir de maneira genuína e generosa

Lendo e analisando estes quatro artigos se conclui que os importantes avanços na tecnologia de automatização, seja para a gestão de contatos, inteligência de mercado, produção de documentos e muito mais, reduzem significativamente o custo de oportunidade no desenvolvimento de negócios; os dados ajudam as equipes das firmas a tomar melhores decisões e com maior rapidez; não é necessário dispor de um exército de pessoas para implementar este tipo de métricas e informes sobre as distintas áreas do negócio da firma e os clientes; uma sólida estrutura de dados pode proporcionar contexto, ajudar a estabelecer prioridades e ser um guia para ter êxito no planejamento e execução estratégica com visão de futuro.

Se você não teve a oportunidade de ler os artigos do mês de abril, te convido a fazer e compartilhar com seus sócios e demais pessoal interessado na sua firma, vai fazer com que eles reflitam sobre temas nos quais devem seguir trabalhando ou começar a trabalhar.

*Fernando Peláez-Pier é diretor de LexLatin e editor da coluna Gestão LexLatin.

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