Restrições de viagens entre Brasil e EUA devem acabar em outubro

Expectativa é que com o fim das restrições de viagem país receba quantidade recorde de visitantes/Pixabay
Expectativa é que com o fim das restrições de viagem país receba quantidade recorde de visitantes/Pixabay
Avanço da vacinação e queda no número de mortes indicam retomada de fluxo de turistas.
Fecha de publicación: 19/07/2021

O fim da restrição para entrada de estudantes, a retomada de agendamentos para vistos, o avanço da vacinação em massa no Brasil e lobby da indústria turística dos EUA são indícios da reabertura das fronteiras entre os dois países, que deve acontecer ainda em outubro.

 

Nos bastidores, esta será a terceira tentativa de reabrir totalmente os serviços consulares para solicitantes de vistos na Embaixada e Consulados americanos no Brasil e a fronteira entre os dois países. Anteriormente, a previsão de reabertura era em maio, e depois um julho. Mas o atraso na vacinação em massa no Brasil durante o primeiro semestre e o surgimento de variantes da Covid-19 acabaram adiando a decisão.


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Com o recente avanço das vacinas no Brasil, a previsão agora promete ser mais assertiva. O departamento de saúde dos EUA (CDC) tem trabalhado em conjunto com o Departamento de Segurança Interna (DHS) para monitorar as condições de saúde pública do Brasil no combate à pandemia, motivo pelo qual as fronteiras entre os dois países têm permanecido restritas desde maio de 2020.

 

Os primeiros sinais do final das restrições foram dados já no início de 2021, quando os postos consulares dos EUA no Brasil voltaram a aceitar pedidos de vistos para propósitos considerados essenciais para a América, como determinados vistos de trabalho temporário e de imigração.

 

Mais recentemente, a Embaixada e consulados também voltaram a disponibilizar agendamentos para quem precisa renovar ou solicitar vistos pela primeira vez, com prioridade para estudantes cujos cursos se iniciarão ou serão retomados a partir de agosto. Além disso, pessoas viajando do Brasil para os EUA com vistos de estudo também poderão voltar a entrar em território americano sem a necessidade de fazer quarentena em outro país já a partir do próximo mês, embora ainda precisem apresentar um teste viral até três dias antes do embarque aos EUA.


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Um outro fator que tem sido essencial para a possível reabertura das fronteiras, não somente com o Brasil mas também com outros países que ainda sofrem restrições da pandemia, é a pressão que o governo de Joe Biden vem recebendo de diversos segmentos profissionais e indústrias americanas, em especial as grandes companhias de tecnologia e informação, que tradicionalmente contratam bastante mão-de-obra estrangeira qualificada e, sobretudo, a indústria do turismo, que representa cerca de 2.8% do PIB americano e está entre as mais importantes e lucrativas do país.

 

Somando-se turistas internos e internacionais, aproximadamente 77 milhões de pessoas visitam os EUA anualmente. Entretanto, com a chegada da pandemia da Covid-19 em 2020 todos os indicadores de turismo caíram vertiginosamente, gerando grave prejuízo e demissões em praticamente toda a indústria do turismo no país.

 

Para se ter uma ideia, em 2019 o turismo gerou US$ 712 bilhões, enquanto em 2020, devido à pandemia, este número diminuiu para US$ 396,37 bilhões - uma queda de 42.1%. Já em 2021, a previsão é de retomada total do crescimento do turismo nos EUA até o fim do ano, o que depende bastante da reabertura de fronteira com países que tradicionalmente viajam para visitar as muitas atrações turísticas da América, incluindo a China, Reino Unido e o Brasil.

 

Por fim, no último dia 7 de julho, a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, declarou que o governo americano pretende realmente afrouxar as restrições internacionais neste segundo semestre, embora sem revelar detalhes.

 

Nunca antes na história moderna houve tanta expectativa para a retomada total das solicitações de vistos e viagens internacionais para um país quanto atualmente existe para os EUA. Há uma imensa demanda reprimida por conta da pandemia e a tendência é que, com o fim das restrições de viagem, o país receba uma quantidade recorde de visitantes, o que certamente contribuirá para geração de novos empregos e desenvolvimento da economia americana.

 

*Rodrigo Costa é CEO da AG Immigration nos EUA.


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