José Gregório Torrealba: "Na Venezuela, a palavra-chave é versatilidade"

José Gregorio Torrealba: "En Venezuela la palabra clave es versatilidad"
José Gregorio Torrealba: "En Venezuela la palabra clave es versatilidad"
Fecha de publicación: 17/01/2018
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No último ano, a Venezuela há aparecido frequentemente na palestra internacional pelas razões equivocadas. O país atravessa um estalido econômico sem precedentes e que os venezuelanos nunca haveriam imaginado. Trata-se, de fato, de um estalido sem precedentes na América Latina.  

         José Gregorio Torrealba

A história de como o país mais rico da região se converteu em sinônimo de miséria e injustiça, é desconsoladora. Contudo, há muitas histórias de gente que há decidido enfrentar-se às dificuldades com temperança e ações concretas.

Em um país petroleiro como a Venezuela, os investimentos nunca têm faltado, porém o mapa de investidores definitivamente há mudado

Assim o explica José Gregório Torrealba, sócio da firma Hoet Peláez Castillo & Duque.

Tradicionalmente, a Venezuela era um país receptor de investimentos estadunidenses, europeus e latino-americanos. Era por meio da Comunidade Andina, da qual foi membro até 2006. Porém durante os sucessivos governos do ex-presidente Chávez - desde 1998 até 2012 e logo com o presidente Maduro - segundo explica Torrealba, os investidores começaram a vir de outros países. Assim, começaram a chegar investidores de países latino-americanos não pertencentes à Comunidade Andina como a Argentina e o Brasil, e de outras regiões: a China e Irã na Ásia; Rússia e Bielorrússia particularmente desde Europa Oriental.

Esta situação tem feito que a Venezuela olhasse para mercados que não têm sido os tradicionais:

Temos indo fazendo esforços importantes no mercado chinês. Isto nos há brindado a possibilidade de mostrar nossa capacidade de adaptação a desafios como o idioma, os horários e distintas culturas.

Por outro lado, explica que a firma recentemente abriu um Russia Desk liderado por uma advogada moscovita - notícia que já publicamos em uma recente nota na LexLatin - com o fim de gerir o mercado russo.

O trabalho para as firmas de advogados também há mudado. Acostumados ao trabalho corporativo, as firmas têm se visto na necessidade de adaptar-se a uma nova realidade. Na atualidade e em geral, os investidores já não vão a Venezuela para estabelecer-se e desenvolver uma indústria - investindo em uma empresa ou criando uma nova - senão que chegam ao país buscando negócios com o Estado venezuelano. Desta maneira, as circunstâncias têm levado a Hoet Peláez Castillo & Duque a manter uma sólida equipe em matéria de direito público, particularmente em contratações públicas e em regulações cambiárias.

"Igualmente", continua Torrealba, "face a férrea regulação da economia, os advogados temos tido que ir no sentido contrário do que fazem nossos colegas no mundo, focando-nos nos aspectos regulatórios do direito econômico e não no antitrust ou direito da livre concorrência".

A crise econômica - que afeta os clientes - e as severas regulações em matéria trabalhista, têm feito que os escritórios de advogados se centrem em ter equipes mais ágeis para atender a crescente demanda de serviços. Ao mesmo tempo, a voracidade fiscal do governo venezuelano há provocado que as firmas sintonizem as equipes dedicadas ao direito tributário.

Por outro lado, a fuga de talentos na Venezuela não é nenhum segredo. Torrealba explica:

Reter talento se há convertido em um verdadeiro desafio. Nossa firma leva anos trabalhando nisso, não só no desenvolvimento de um plano de carreira que permita que o advogado saiba quais são seus objetivos para avançar na organização. Temos trabalhado incluso no oferecer incentivos, para que em uma etapa avançada de sua carreira invistam tempo em gerar trabalho com os clientes atuais e também em criar sua própria carteira. Uma carteira que lhes permita obter resultados ótimos quando forem sócios proprietários da firma.

Ademais, explica que a flexibilidade de horários, o teletrabalho e incluso um importante investimento em tecnologia - para que os profissionais possam trabalhar à distância - lhes há permitido estabelecer “embaixadores” na Espanha e na Itália.  O objetivo é apoiar no marketing da firma na Europa enquanto seguirem atendendo casos de seus clientes.

Respeito aos pacotes salariais, em um contexto de hiperinflação como o que atravessa a Venezuela, afirma que tem tido que modificar a forma de remunerar suas equipes, para poder compensar seu valor de forma adequada e sustentada.

"Para exercer a advocacia na Venezuela, 'versatilidade' há sido a palavra-chave", conclui o advogado.

Maria Elena Monroy (not verified)     Wed, 17/01/2018 - 19:47

Muy buen artículo. Todos los profesionales hemos tenido que adaptarnos, usando no solo nuestras competencias profesionales sino también nuestras habilidades blandas, tal como la templanza, así como lo refiere el Dr. José Gregorio Torrealba. La crisis nos fortalecerá, primeramente Dios.

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