Roberta Andreoli é a nova sócia da área de direito aeronáutico e direito regulatório do escritório Fenelon Advogados. Ela foi incorporada no início de julho e assessora clientes nacionais e internacionais em questões como a aplicação de novas tecnologias (e-vtols e drones), o compartilhamento de aeronaves e o transporte aeromédico de enfermos, além de outros temas regulatórios. A advogada respondeu o Questionário LexLatin.
Que filme/romance na área jurídica você recomendaria?
Recomendo os filmes “Um Sonho de Liberdade” e “Carandiru” que são narrados dentro de sistemas penitenciários e permitem visualizar as diferenças entre o que acontece no Brasil e no mundo.
O que você mais gosta e não gosta na profissão de advogado?
Com certeza o que mais gosto é a possibilidade de desenvolver relacionamento a longo prazo com clientes, baseado na confiança e reconhecimento de expertise. O que eu não gosto é o rótulo de que advogados e escritórios de advocacia são burocráticos e conservadores, já que isso não reflete meu perfil, muito voltado à utilização de inovações tecnológicas no setor aéreo, como drones e e-vtols.
Qual foi o melhor investimento em sua carreira profissional?
Sem dúvida foi a escolha de transição de área de atuação do Contencioso Cível para o Direito Aeronáutico e Direito Regulatório, que ocorreu em 2010. Esta mudança me permitiu estudar e atuar com temas relevantes, como compartilhamento e financiamento de aeronaves e transporte aeromédico e difundir o conhecimento em palestras, simpósios e feiras nacionais e internacionais, voltadas à indústria aeronáutica, como a Latin American Business Aviation Conference & Exhibition (Labace) - e a DroneShow.
Quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo em seu novo cargo?
Como sócia do Fenelon Advogados pretendo continuar trabalhando com foco e dedicação, em favor dos clientes que tive a oportunidade de conquistar a confiança e respeito, desenvolvendo a área de direito aeronáutico, regulatório e infraestrutura do escritório, para nos tornarmos, a curto prazo, referência no mercado como uma opção atualizada e especializada, que se adapta e atende às demandas dos clientes de forma célere, personalizada e qualificada.
Como um advogado pode desenvolver sua marca pessoal?
Entendo que o advogado que pretende desenvolver sua marca pessoal de forma sólida e duradoura, primeiramente, deve investir no estudo e aprofundamento de determinado tema jurídico. Depois de estar seguro sobre seu domínio em relação ao nicho legal escolhido, deve se dedicar a compartilhar o conhecimento e a expandir os contatos com quem se interessa sobre o referido assunto (network). No meu caso, como já mencionado, migrei para o direito aeronáutico porque vi uma oportunidade de desenvolver uma prática que há dez anos era pouco explorada e, para tanto, busquei fazer parte da banca de advogados dos poucos escritórios especializados na época.
Pude trocar ótimas experiências tanto com os colegas, como conhecer clientes nacionais e internacionais e passar a fazer parte de associações e grupos de estudos de referência no setor. Também me preocupo em sempre estar atualizada com as novidades comerciais para entender o business do cliente e em publicar artigos em revistas especializadas e mídias sociais profissionais.
Cite alguém (um exemplo a ser seguido, um tutor) que influenciou sua carreira?
Tenho alguns exemplos de advogados que influenciaram e influenciam a minha carreira, cada um com seu ponto forte, e poderia escrever um artigo sobre cada um deles. Mas, para responder à questão elegendo um profissional, escolho o professor Roberto Quiroga Mosqueira, sócio-diretor do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga Advogados, no qual trabalhei como advogada sênior da prática de aviação, antes de receber o convite para sociedade no Fenelon Advogados. Sem dúvida, sua empatia nata, dedicação e disponibilidade para atender os clientes são exemplos que nunca vou deixar de me espelhar.
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