Maria José Henríquez, de Morales & Besa, responde o Questionário LexLatin

María José Henríquez se estrena como socia en la firma chilena Morales & Besa, aunque ya lideraba el área de libre competencia desde 2016/Archivo
María José Henríquez se estrena como socia en la firma chilena Morales & Besa, aunque ya lideraba el área de libre competencia desde 2016/Archivo
"Em meu tempo livre tento ser o menos advogada que posso, e distrair-me com séries, filmes e livros que não tenham que ver com o direito"
Fecha de publicación: 17/07/2019

Maria José Henríquez estreia como sócia na firma chilena Morales & Besa, embora já liderasse a área de livre concorrência desde 2016. Não necessita apresentação porque suas respostas a nosso Questionário LexLatin a revelam.

¿Por quê decidiu fazer-se advogada?

María José Henríquez

No Chile deves eleger que carreira seguir aos 18 anos. A essa idade só tinha claro que apesar de meu enorme interesse pela economia, não tinha tanta facilidade para a matemática. Assim é que minha decisão se baseou em eleger estudar Direito pela amplitude desta matéria, o que eventualmente ia me permitir aproximar-me à área econômica. Felizmente pude fazê-lo especializando-me em livre concorrência a partir do terceiro ano da carreira, quando comecei a trabalhar tendo só 21 anos.

Surpreendentemente e apesar de minha inclinação à economia, do estudo da carreira o que mais gostei foram os cursos de Teoria do Direito e Filosofia. Apaixonei-me por entender a razão que está detrás da estrutura do sistema legal e que não se trata unicamente de uma coleção de normas. Na Escola de Direito da Universidade do Chile, tive excelentes professores de teoria legal e, de fato, fui ajudante do Departamento de Ciência do Direito.

Durante meu LL.M. em Regulação dos Negócios e Antimonopólio na New York University também tratei de tomar todos os cursos de teoria legal que pude, apesar de que estava em um programa especializado em antitrust. Dessa última experiência, lembro o impressionada que fiquei com Jeremy Waldron, um ainda jovem talento de teoria e filosofia legal e política que dava umas cátedras impressionantes.

Pode indicar-nos uma meta a médio prazo?

Como consequência de minha nomeação, minha meta é seguir sendo um aporte ao crescimento e desenvolvimento de Morales & Besa no curto e médio prazo e que isso se mantenha no tempo fazendo crescer a área de livre concorrência em forma acorde com as projeções que nos temos proposto em conjunto com a firma.

Pode dizer-nos a quem admira como mentor (ou um advogado que admire) e por quê?

Diria que o maior impacto na carreira de qualquer advogado vem dos primeiros chefes e logo das pessoas com quem se vai trabalhando ao longo dos anos. Mas se falamos de admiração e aprendizagem, diria que o maior impacto há sido o de minhas colegas com as que trabalhei na Procuradoria Nacional Econômica antes de integrar-me a Morales & Besa: as advogadas Vanessa Facuse, Carolina Bawlitza e a doutora em economia, Ana Maria Montoya.

Ademais de que conservamos a amizade até o dia de hoje, o mais relevante é o que aprendi de cada uma: o valor do trabalho árduo, a capacidade de olhar o panorama completo e ao mesmo tempo, de se deter nos detalhes, e sobretudo em que os desafios saem melhor quando se desfruta o que se faz. Por outro lado, penso que nossa profissão, sobretudo em uma área como a minha, deve necessariamente se relacionar com a visão de negócio e o serviço de excelência e isso é algo do que tenho aprendido muito, graças ao apoio dos sócios de M&B.

Pode indicar-nos um filme ou libro que recomendaria aos estudantes de Direito?

Em meu tempo libre tento ser o menos advogada que posso, e distrair-me com séries, filmes e livros que não tenham que ver com o direito.

De todas maneiras, recomendo ver o documentário sobre Ruth Bader Ginsburg, ministra da Corte Suprema dos Estados Unidos, que desde meu ponto de vista deixa duas grandes lições: primeiro, que o sucesso sempre se apoia em um sistema familiar ou de redes que permite desenvolver-se profissionalmente; e segundo, que o mesmo também se relaciona com manter um esquema básico de valores que se transmita a todo âmbito da vida, e que apesar do muito adversas que forem as circunstâncias, nunca devemos renunciar a eles.

Também recomendo ver a série brasileira sobre o caso Lava Jato, O Mecanismo. Entretida, rápida e mostra outra cara do exercício profissional. Para os advogados é interessante porque perante a magnitude da rede de corrupção, como espectador está sempre buscando que a lei e seus praticantes sejam uma espécie de salvação. Boa para entender o correto rol que devemos ter os advogados, dilemas éticos e o profissionalismo.

Se não fosse advogada, qual profissão teria escolhido? ¿Por quê?

Seria formada em Economia, sem dúvidas.

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