A necessidade de se distinguir frente aos clientes e ao mercado em geral

As firmas têm que trabalhar na revisão de suas políticas e na definição de estratégias e processos flexíveis que permitam uma maior inclusão
As firmas têm que trabalhar na revisão de suas políticas e na definição de estratégias e processos flexíveis que permitam uma maior inclusão
São muitos os aspectos que as firmas precisam trabalhar para garantir o seu bom funcionamento e a prestação de um serviço de acordo com as exigências do cliente.
Fecha de publicación: 09/04/2021
Etiquetas: Gestão LexLatin

Durante o mês de março os artigos publicados em Gestão LexLatin deixaram claro e ratificam que as firmas devem tomar ação frente a uma série de temas que não podem deixar de lado se querem ocupar realmente uma posição que as distinga frente a seus clientes e ao mercado em geral.

 

Gustavo Rodríguez destaca a necessidade de continuar trabalhando para integrar o trabalho virtual com o presencial. Esta integração vai além da simples coordenação do trabalho. Implica o devido manuseio do cliente, do talento, a coordenação das equipes de trabalho, exercer liderança com técnicas adequadas às necessidades atuais e tudo dentro dos distintos níveis da firma.

 

Há muitas arestas nas quais as firmas têm que trabalhar para assegurar seu devido funcionamento e a prestação de um serviço de acordo com as exigências do cliente.

 

Como nos diferenciar?

 

Acredito que a imensa maioria das firmas estão conscientes de que para conseguir essa meta há que definir e executar uma estratégia com visão de futuro: que essa estratégia reconheça a necessidade de inovar lado a lado com novos desenvolvimentos tecnológicos que permitirão serem mais eficientes com uma sólida proposta de valor. Dar a importância que merece a retenção do talento a todo nível, sócios e associados, incluindo sua formação e desenvolvimento profissional em novas habilidades e matérias.

 

Revisar o modelo de negócio e entender o mercado e as necessidades dos clientes para revisar as áreas de prática e indústria e a prestação dos serviços com uma maior colaboração entre as equipes. É necessário que a firma entenda quais são as suas fortalezas, suas fraquezas, quais novos nichos devem ser desenvolvidos, que áreas devem ser reestruturadas ou eliminadas.

 

Falando de retenção de talento, Jaime Fernández Madero analisa a importância de que os sistemas de compensação impulsionem o talento dos sócios. Estamos claros de que a retenção de talento em geral é fundamental, mas a dos sócios é de especial importância por ser um ativo de grande peso na firma. Devem ser introduzidas uma série de mudanças para modificar o esquema que tradicionalmente é aplicado nas firmas no manuseio e avaliação dos seus sócios e, sobretudo, entender que quando um membro da firma chega a sócio requer que continue sendo apoiado e motivado e investindo na sua formação. Praticamente todas as firmas aplicam um princípio equivocado, consideram que, ao chegar a sócio, o profissional deve valer-se por si mesmo e ele é medido pelo o que ele gera e produz e esse fator se converte na principal ferramenta com que medem seu desempenho e sua entrada na firma.

 

Jaime considera que os sistemas de compensação devem ser modificados e compartilho da sua opinião para incluir: avaliação de resultados coletivos, produto da colaboração entre sócios e não só suas metas individuais; valorizar o papel que desempenha cada sócio no individual e no trabalho em grupo, sua contribuição para a firma estando no lugar indicado - fazendo o necessário para a sociedade além do que gera - e uma matriz de desenvolvimento de talento que verdadeiramente melhore as habilidades dos sócios na firma.

 

Pecando pela reiteração, é importante destacar a opinião da Eugenia Navarro sobre o impacto da Legaltech no setor jurídico. Ela considera que a tecnologia chegou no setor para ficar e seu impacto nos levou a replanejar modelos de negócio, formas de entrega, a própria relação com os clientes e sem dúvida, o perfil do advogado e suas necessidades formativas para enfrentar os desafios dessa nova era. Ela enfatiza que o perfil do advogado desta nova era deve se adaptar a novas necessidades do setor. É necessário novos conhecimentos sobre tecnologia e novas competências relacionadas com a abertura para a mudança e inovação. Com maior razão a necessidade de impulsionar o desenvolvimento do talento dos sócios e demais profissionais diante dessa realidade.

 

O último mês de março foi o mês da mulher e houve uma série de artigos, reportagens e um debate sobre diversidade e inclusão. Ainda há um longo caminho a ser percorrido para alcançar que a mulher e outras minorias ocupem dentro das firmas posições societárias e de liderança. É um processo irreversível e muito se escreveu sobre o porquê dessa necessidade e os benefícios que representam para as organizações. As firmas têm que trabalhar não só na revisão das suas políticas, mas devem definir estratégias e processos flexíveis que o permitam e é um trabalho de todos, não só dos líderes, é necessário comprometer a todos os profissionais.

 

Uma estratégia sólida para o desenvolvimento da diversidade e inclusão que todos os integrantes da firma apoiam fará com que faça parte da cultura da firma. As firmas na região começaram a receber pressão de seus clientes a efeito de que demonstrem não só o seu compromisso, mas resultados tangíveis e estão começando a exigir a apresentação de dados que respaldem a diversidade e inclusão. Porque esperar que seja uma condição para perder o cliente se estamos conscientes que se deve trabalhar nisso?

 

Se você não teve a oportunidade de ler os artigos do mês de março, te convido a fazê-lo. Eles vão te fazer refletir sobre temas nos quais você deve seguir trabalhando ou começar a trabalhar.

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