O que todo advogado deve saber para uma comunicação digital estratégica

Hoje não há sentido em cortar ou limitar a comunicação com os clientes por conta da Covid-19/Pixabay
Hoje não há sentido em cortar ou limitar a comunicação com os clientes por conta da Covid-19/Pixabay
A crise do coronavírus transformou as firmas e nada voltará a ser como antes.
Fecha de publicación: 03/06/2020
Etiquetas: Gestão LexLatin

Como foi analisado no artigo publicado na última terça-feira (2), estamos atualmente em uma circunstância totalmente atípica, em que é imprescindível gerenciar as comunicações de maneira estratégica e profissional. Estamos vivendo momentos em que vidas, empresas e trabalhos estão em jogo, por isso precisamos ser mais inteligentes do que nunca com o que comunicamos e como o comunicamos.

Esses são os principais pontos que consideramos que devem ser levados em consideração ao desenvolver uma estratégia de comunicação digital eficiente e eficaz para seus escritórios de advocacia.

1. Uma realidade metade virtual e metade presencial

A comunicação tornou-se totalmente virtual e, quando a situação for regularizada, viveremos uma realidade “mesclada”, ou seja, se combinará o presencial com o virtual, sendo o primeiro possivelmente com maior preponderância. Por essa razão, nestes momentos, nossos esforços devem considerar a urgência em capacitar-se para que todos os membros da organização sejam treinados em comunicação virtual.

2. Manejo profissional da comunicação

Em uma crise como a que estamos enfrentando, o manejo das comunicações é totalmente diferente do habitual. Acreditamos que não há sentido em cortar ou limitar a comunicação com os clientes. Pelo contrário, é um erro reduzir os recursos dedicados ou investidos nela. O principal é manter o elo de comunicação com os clientes e, se for necessário, o assessoramento com  profissionais para obter uma comunicação eficiente dirigida a satisfazer as expectativas do cliente. Não podemos cortar a comunicação, ainda menos hoje em dia, em que vivemos, gostemos ou não, em um mundo totalmente interconectado.

3. Visibilidade, antecipação e oportunidade

Observamos que os escritórios de advocacia que reagiram rapidamente ao desafio digital mantiveram sua visibilidade, anteciparam o que seus clientes inicialmente esperavam e permanecem atentos às oportunidades de negócios, de acordo com as expectativas e necessidades de seus clientes. Esses advogados são provavelmente os únicos que sobreviverão e superarão esse momento.

4. Covid – 19, o grande acelerador da transformação digital

É um erro pensar que a comunicação digital é um fenômeno novo e que surgiu como resultado da Covid-19. O que tornou a pandemia evidente, entre muitas outras coisas, é que hoje vivemos em um mundo digitalizado e que a comunicação entre as pessoas se mudou para essa enorme rede que é a Internet, deixando o offline muito mais enfraquecido do que já era.

5. Momento de ouro para fidelizar, consolidar e aumentar nosso alcance

É uma realidade que a quarentena facilitou que se crie uma audiência cativa para todos aqueles que usam comunicação e o social selling por meio de redes sociais. Esta é a oportunidade que não devemos desperdiçar para comunicar o que fazemos, o quão bem fazemos e como fazemos.

6. Empatia genuína e venda

A comunicação nestes momentos não é “business as usual”, tem que ser empática e focar nas necessidades dos clientes. Isso não significa que deixamos de ver as oportunidades que possam surgir, sem ser oportunistas, mas genuínos na geração do valor agregado que o cliente busca nos serviços prestados.

7. Estratégia digital vs. community management

Um grande desafio surge para os escritórios de advocacia, porque eles precisam profissionalizar o gerenciamento da comunicação digital que não consiste em um “community manager” que  suba e baixe conteúdos da rede com os gráficos mais originais. Trata-se de implementar uma estratégia digital e fornecer conteúdo de valor de maneira permanente, para cada público-alvo. Hoje, o que buscamos como clientes é informações de qualidade, precisas e oportunas.

8. Escritórios de advogados e geração de conteúdo

Os escritórios de advocacia e as empresas se converteram em meios de comunicação. A informação chega ao cliente final sem necessariamente passar por uma imprensa tradicional. Podemos afirmar que as organizações são os meios hoje - as mensagens têm que ser muito claras, alinhadas aos objetivos, tudo deve fazer parte de uma estratégia que responda a um porquê.

9. O fim dos eventos presenciais

A época do networking de advogados através de eventos presenciais ficou no passado. A “nova normalidade” serão eventos apoiados por plataformas digitais, massivas ou mais exclusivas. Os três principais fatores que motivaram a participação nesse tipo de evento foram: (i) a oferta de conteúdo valioso; (ii) ter um espaço para socializar (networking) com colegas, concorrentes e potenciais clientes; e (iii) a experiência de viajar para um destino atraente. Isso precisará ser reformulado para atender às expectativas dos dois primeiros fatores.

10. Na rede somos todos iguais

Este é um momento de ouro para os menores escritórios de advocacia. A digitalização e a democratização da Internet permitem visibilidade para competir com seus pares de recursos muito maiores de uma maneira muito profissional.

11. A urgência de sair da zona de conforto

Os escritórios maiores não devem fazer cortes em suas comunicações. Eles estavam em uma zona confortável, não precisavam ter tanta visibilidade, não eram estratégicos porque não precisavam procurar clientes e confiavam em sua sólida presença off-line. Hoje, para não perder seu valor diferencial, eles precisam considerar uma excelente estratégia digital que reflete sua liderança.

12. A comunicação deve ser estratégica

Toda firma, independentemente de seu tamanho, deve ser estratégica em suas comunicações. Não se trata de se comunicar apenas para se comunicar. Trata-se de fazê-lo de maneira correta e profissional, pensando em suas necessidades, nas de seus clientes e no mercado para o qual sua estratégia é direcionada.

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*Lorena Borgo, diretora do Legal Marketing, e Lorena Alavariño.

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