É hoje! Assista, daqui a pouco, ao Debate sobre os desafios do mercado jurídico em 2022

Representantes de algumas das principais firmas brasileiras analisam o que está por vir e os desafios do mercado brasileiro/LexLatin
Representantes de algumas das principais firmas brasileiras analisam o que está por vir e os desafios do mercado brasileiro/LexLatin
Encontro, gratuito, começa às 10h e vai ter a presença de Roberto Quiroga, Paulo Rocha, Juliana Martinelli e Alfredo Zucca.
Fecha de publicación: 10/02/2022

O ano de 2022 será de grandes desafios, especialmente no mercado jurídico. A pandemia não foi embora, como muitos esperavam, mas o momento de surpresa e receio ficou para trás e as rotinas estão mais adaptadas ao chamado trabalho híbrido. O presencial e o teletrabalho agora são uma coisa só, com variações dependendo do local. As pessoas ainda se preocupam e devem se resguardar – algo necessário para evitar o aumento de casos - mas as rotinas nos escritórios já estão estabelecidas. A produtividade dos profissionais do setor cresceu e muitos dos escritórios, especialmente os grandes e médios, tiveram bons desempenhos no ano passado, apesar da crise.

Nesse momento, é hora de avaliar as lições aprendidas para o mercado jurídico nesses dois anos de pandemia. Entre as principais mudanças, está a consolidação do uso da tecnologia como facilitadora dos diversos instrumentos legais em julgamentos e processos. Nesse período, explicam os especialistas, houve um primeiro salto. Certamente o uso e aprimoramento das ferramentas disponíveis online diminuiu distâncias e acelerou o trâmite dos ritos processuais, o que permitiu mais eficiência.


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Outro destaque foi o protagonismo do Judiciário que, pressionado não só por conta da emergência de saúde, teve que decidir questões importantes para a nação, já que Legislativo e Executivo nem sempre deram respostas rápidas e necessárias ao momento atípico que vivemos. Com isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) acabou sendo determinante em ações que ajudaram no combate à disseminação da Covid-19, em meio a uma atmosfera de negacionismo do governo Bolsonaro.

Mas e os escritórios e a indústria legal, como foi essa adaptação a essas mudanças? Para entender mais o que mudou e o que pode mudar nesse mercado, LexLatin promove, na próxima terça-feira (15) o primeiro debate do ano: o tema é “Os desafios do mercado jurídico brasileiro em 2022”. Representantes de algumas das principais firmas brasileiras analisam o que está por vir e os desafios do mercado brasileiro: Roberto Quiroga, sócio-diretor do escritório Mattos Filho, Paulo Rocha, managing partner do Demarest Advogados, Juliana Martinelli, CEO do Martinelli Advogados, e Alfredo Zucca, diretor presidente do ASBZ Advogados.  

O evento é gratuito e vai discutir tendências da indústria com alguns dos principais players do setor. As inscrições podem ser feitas neste link!

Para onde vai a indústria jurídica em 2022?

Enquanto a economia sofre com aumento dos índices de inflação e desemprego ainda alto, os grandes e médios escritórios aproveitam a crise como oportunidade em setores que têm crescido por conta das novas questões. Nessa hora de crise e incertezas, apontam os advogados, os clientes estão indo atrás de quem já estava consolidado no mercado ou tem expertise para resolver novas e velhas pendências e demandas.

Para os executivos, algumas áreas como contencioso, litígio e infraestrutura devem se destacar ainda mais nos próximos meses do ano, motivados pelas transformações estruturais nos mercados do Brasil e do mundo.

A consolidação de novos modelos de atendimento, principalmente o híbrido, foi algo que impactou escritórios e profissionais. Os clientes estão divididos: alguns querem continuar no atendimento online, outros acham mais adequado o atendimento presencial. Para os especialistas, os escritórios e a indústria jurídica precisam estar preparados para qualquer modalidade de atendimento que o cliente busque. É preciso entender as transformações que estão acontecendo em cada setor de atuação e o que vai impactar nas características destes negócios.


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“A primeira mudança é a dos players do mercado. Mudou o tipo do cliente, do negócio e o advogado vai ter que se acostumar a isso. A cada dia que passa, os sócios e os advogados vão precisar saber muito mais do negócio do cliente do que eles sabem hoje. O bom advogado, do escritório que está se destacando, é aquele que conhece muito... muito do negócio do cliente”, diz Roberto Quiroga, sócio-diretor do Mattos Filho, um dos convidados do Debate LexLatin.

“Equacionar as incertezas e as oscilações do mercado nas principais indústrias foi o maior desafio para o planejamento estratégico, aliado à retomada do trabalho presencial dentro de um novo modelo, híbrido e sem regras fixas, alinhando necessidades e oportunidades, excelência, eficiência e felicidade”, afirma Alfredo Zucca, diretor presidente do ASBZ Advogados.

Em relação aos profissionais do setor jurídico, de acordo com os especialistas, as firmas passaram a buscar líderes que conseguissem lidar com seus liderados à distância, manter as entregas e que ajudassem seus empregados com a questão da instabilidade emocional da emergência de saúde. “A pandemia evidenciou a necessidade do líder ter uma série de habilidades que as mulheres naturalmente costumam desenvolver com mais facilidade que os homens e que antes não eram tão gritantes nas empresas, as chamadas sof skills, como empatia, trabalho em equipe, colaboração e o olhar para as pessoas”, explica Juliana Martinelli, que também estará no encontro da próxima terça-feira.

Negócios

Para os analistas, a janela de negócios deve ir até julho ou agosto, quando será interrompida por causa das eleições.  Fora do mercado de capitais, seguindo a mesma tônica de 2021, as operações de M&A devem seguir aquecidas.

Empresas com boa estrutura de caixa e recursos em disponibilidade aproveitarão situações menos favoráveis de outras empresas para incorporações e fusões. Outro movimento que incentiva esse tipo de operação é a crescente busca por grandes players que possuem a cadeia em que atuam de ponta a ponta, uma verticalização do modelo de negócios.

Além do mercado doméstico, a depreciação do real e as elevadas taxas de juros são fatores que tendem a levar o investidor estrangeiro, em especial aquele que deseja iniciar operação no Brasil, a aportar recursos em empresas nacionais por meio de operações de M&A -, sem desprezar os riscos políticos inerentes ao ano.

Para Paulo Rocha, a liquidez existente no mercado sugere que o volume de transações de M&A continuará alto, especialmente nos setores de TI, financeiro e varejo.  “Há ainda importantes projetos de infraestrutura e privatizações (Correios, aeroportos e outros) no pipeline que podem vir a ocorrer”, afirma o advogado, um dos palestrantes do evento.

Rocha acredita que será interessante também acompanhar transações envolvendo fintechs que podem se beneficiar do regime de sandbox regulatório implementado pelo Banco Central, Conselho Monetário Nacional (CMN), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e outros agentes reguladores.


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“Tal iniciativa permitirá que as startups da área testem projetos inovadores com exigências regulatórias menores, em um ambiente monitorado de perto pelas autoridades.  O maior número de empresas certamente também será um propulsor para mais transações”, analisa.

Apesar das boas oportunidades, dizem os especialistas, é bom ficar de olho na evolução da economia em 2022, algo que preocupa, e também nas eleições de outubro, que devem impactar no mercado jurídico. Quer saber mais tendências para 2022? Inscreva-se no Debate LexLatin: “Os desafios do mercado jurídico brasileiro em 2022”

Depois de se inscrever, clique aqui e faça perguntas para os debatedores responderem na próxima terça-feira, 15 de fevereiro.

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