Raphael Piza é o novo sócio da área tributária do escritório TM Associados. Raphael é mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), economista formado pelo IBMEC São Paulo (Insper) e advogado formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui dez anos de experiência na área tributária, incluindo passagens por escritórios tradicionais de advocacia e grandes firmas de auditoria (big four). O advogado respondeu ao "Questionário LexLatin".
Que filme/romance na área jurídica você recomendaria?
Um filme que eu gostei foi "O advogado do diabo" que trata do ego exacerbado dos advogados e o que traz como consequência.
O que você mais gosta e não gosta na profissão de advogado?
O que eu mais gosto na profissão é resolver problemas. Você vê que os clientes chegam com desafios e algumas situações até um quanto inusitadas e você está aí para enfrentar situações críticas que demandam algum tipo de criatividade profissional. O que eu menos gosto, eu tive passagens por escritórios tradicionais, posso falar que um ou outro escritórios vemos um ambiente com uma competição exacerbada, uma competição que foge do que eu tenho como espírito de vida. Eu acho que advogado é muitas vezes um cara competitivo demais, uma pessoa que muitas vezes acaba abusando nessas situações. Tem alguns ambientes em escritórios que são um tanto quanto hostis.
Qual foi o melhor investimento em sua carreira profissional?
Eu tenho dois. Primeiro, eu iniciei minha carreira na PricewaterhouseCoopers e isso me deu uma vivência na área contábil e na área tributária muito grande. Quem já trabalhou como auditor, conhece de tributos muitas vezes com muito mais detalhe do que outros profissionais. A segunda, foi fazer meu mestrado na área contábil, porque eu atuo além da profissão como advogado, como professor. Isso acaba nos forçando a sempre estar estudando.
Quais são seus objetivos de curto, médio e longo prazo em seu novo cargo?
Eu me envolvi recentemente, iniciei minhas atividades agora no começo do ano, mas isso é fruto de uma parceria de longa data. O Leonardo, meu sócio, é uma pessoa que eu conheço há mais de 10 anos. O que a gente tem como objetivo de curto prazo, eu vim para estruturar a área tributária do TM Associados. O TM Associados historicamente era um escritório que tinha uma área de contratos, societária, regulatória e eu vim para assumir a frente da área tributária com uma atuação mais especializada. No médio e no longo prazo, gostaríamos de ser uma referência aqui no interior de São Paulo para as grandes multinacionais que estão sediadas aqui, mas que muitas vezes buscam escritórios de advocacia tradicionais que ficam em São Paulo. Então, a nossa intenção é trazer o mesmo nível de profissionalismo das bancas tradicionais para os clientes que estão no interior.
Como um advogado pode desenvolver sua marca pessoal?
Eu acho que com carinho com os clientes. Essa é a principal questão. Muito mais do que divulgação em LinkedIn, publicação de artigos, eu acho que sou muito favorável àquele tipo de publicidade endógena, o famoso "boca a boca". Eu acho que é isso que acaba nos trazendo uma boa imagem dentro do mercado.
Cite alguém (um exemplo a ser seguido, um tutor) que influenciou sua carreira?
Primeiro, meu pai que é uma pessoa extremamente crítica e criteriosa em tudo que faz. Então, essa questão de manter o nível de excelência, sobre os menores dos trabalhos é uma coisa muito importante. Uma outra figura muito querida que eu tenho foi o meu orientador do mestrado, professor Sérgio de Iudícibus, que já está com uns bons anos de carreira e se mantém ativo e publicando. Como ele mesmo fala, ele é a cabeça mais sã, com idade, ainda publicando. Eu vejo como um espelho para que eu faça também no futuro.
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