A Carbonext, desenvolvedora de projetos de geração de créditos de carbono, recebeu um aporte de US$ 40 milhões (R$ 215 milhões em 18 de julho) da Shell Brasil, que passa a ser sócia minoritária da companhia.
Os recursos captados serão utilizados para investimento em tecnologia embarcada nos projetos de preservação florestal e para o desenvolvimento de novas áreas de negócios, como bioeconomia e reflorestamento na Floresta Amazônica.
Nessa operação, anunciada em 11 de julho, o Trench Rossi Watanabe assessorou a Shell. O escritório atuou em todas as etapas, realizando o due diligence e elaborando os contratos.
A Carbonext foi assessorada pelo escritório Bronstein, Zilberberg, Chueiri & Potenza Advogados.
Ambas as partes também contaram com o apoio das suas equipes jurídicas internas.
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A parceria entre as empresas possibilitará o acesso a inovações e processos a serem disponibilizados pela Shell, inclusive nas áreas de biotecnologia e monitoramento.
De acordo com um comunicado da Shell, essas sinergias devem incrementar os mecanismos de proteção dos mais de 2 milhões de hectares de Floresta Amazônica já protegidos por projetos de crédito de carbono desenvolvidos ou em desenvolvimento pela Carbonext e seus parceiros. O acordo estabelece uma série de ações conjuntas para que em 100 dias a parceria técnica comece a apresentar resultados.
Para a Shell – que buscou a Carbonext como parte de seu trabalho para alavancar sua estratégia de transição energética e descarbonização – a parceria demonstra a relevância do Brasil na jornada da companhia rumo ao objetivo de zerar suas emissões líquidas até 2050. O acordo com a Carbonext marca a entrada da Shell no negócio de Soluções Baseadas na Natureza no país.
“O Brasil, por sua localidade e biodiversidade, é fundamental para nossa estratégia Powering Progress, especialmente quando falamos em respeitar a natureza e impulsionar vidas, além de atingir emissões líquidas zero e gerar valor aos acionistas. Não é de hoje que a Shell defende a criação e regulação do mercado de carbono. Associar nossa companhia à Carbonext é um passo importante para nossa meta de compensar 120 milhões de toneladas de CO₂ ao ano até 2030 com soluções baseadas na natureza para o Escopo 3, que são emissões difíceis de se abater, em linha com a hierarquia de mitigação,” afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araujo.
Assessores jurídicos
Assessores da Shell:
- Advogados in-house: Vitor Falcone e Bernardo Correia.
- Trench Rossi Watanabe: Sócios Mauricio Pacheco e Renata Amaral. Associados Fernando Bammann, Munique Stragliotto Isoppo e Alexandre Jabra.
Assessores da Carbonext:
- Advogada in-house: Franciele Salvador.
- Bronstein, Zilberberg, Chueiri e Potenza Advogados: Sócio Pedro Chueiri. Associados Guillermo Hoorn e Karina Margulies.
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