Com o plano de investir cerca de 174 milhões de reais (34,11 milhões de dólares em 10 de outubro) para reposicionar o América-RN como competitivo, o time fechou em setembro a operação pela qual o América Futebol Clube constituiu o América FC SAF e recebeu investimento indeterminado do HI. PE Capital S.A., que passou a deter 80% do América FC SAF, enquanto o América FC ficou com os 20% restantes.
Esta é a primeira operação de SAF envolvendo clubes de futebol do Rio Grande do Norte e contou com a assessoria jurídica de Cescon Barrieu Advogados e Campos Mello Advogados, para América FC e HI.PE, respectivamente. O investimento do HI.PE será o maior realizado em um time da Série C, enquanto para a Série B será um dos quatro maiores e para a Série A será o mínimo para ser competitivo.
Uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) é uma empresa constituída para administrar times de futebol, nascida a partir da Lei nº 14.193, que permite não apenas a transição da associação civil sem fins lucrativos (modelo organizacional tradicional no Brasil) para uma sociedade que possibilite a entrada de investidores como proprietários, mas também a promoção e desenvolvimento de atividades relacionadas com a prática desportiva, obter receitas provenientes da transação de direitos esportivos e de propriedade intelectual próprios e de terceiros, bem como da organização de espetáculos esportivos, sociais ou culturais, entre outros.
No Brasil, as negociações da SAF ocorrem paralelamente às negociações em torno da criação de uma nova liga, entre LiBRA (Liga Brasileira de Futebol), cujo investidor é a Mubadala Capital, Liga Forte Futebol, cujo investidor é a Serengeti Asset Management, e uma terceira (ainda sem nome) formada por Botafogo, Vasco da Gama, Cruzeiro e Coritiba, cujos investidores são Serengeti e Life Capital Partners. Essa nova liga permitirá a organização de jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro, mas vinculada à Confederação Brasileira de Futebol, e um novo modelo de negócio para licenciamento de direitos de transmissão, gestão das marcas dos times e dos direitos de imagem de seus jogadores, além de outros acordos econômicos não relacionados à propriedade intelectual das equipes.
Com diversos investidores, entre eles a DOZE (de propriedade do jogador do Fluminense Marcelo), a conversão do América-RN em SAF permitirá que o aporte de capital do HI.PE seja utilizado em seu centro de treinamento e para investir em suas divisões de fase, a divisão feminina e seu estádio. A operação exigiu a negociação com o Clube dos contratos de Licença de Propriedade Intelectual, Investimento, Acionistas e Aluguel do Centro de Treinamento.
Assessores jurídicos
Assessores da HI.PE Capital Consultoria Empresarial Ltda e HI.PE Participações S.A.:
- Campos Mello Advogados: Sócios Jorge Gallo e Oduvaldo Lara. Associados Diego Barros, Lucas Bernabé, Silvia Bernaldo e Pedro Barreiros.
Assessores do América Futebol Clube (RN).
- Cescon Barrieu Advogados: Sócios Darkson Delmondes Galvão, Gabriel Seijo Leal de Figueiredo, Daniel Laudisio e Marcelo Martins Moura. Associados André Bertella e João Caldeira.
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