No dia 1º de setembro, a empresa Galo Holding, formada por empresários da SAF do Atlético-MG, concordou em adquirir 75% das ações do capital social do Atlético Mineiro S.A.F., empresa de futebol criada pelo Clube Atlético Mineiro (Galo) que, ao concluir a operação, exercerá o controle desta sociedade.
Para concluir a transação, a Galo Holding injetará 913 milhões de reais (US$ 185,7 milhões, a partir de 13 de setembro), pagáveis com uma combinação de dinheiro e créditos, e assumirá a dívida total do Atlético-MG, avaliada em 1,8 bilhão de reais (aproximadamente 366,11 milhões de dólares, representados em contratos de empréstimos que foram repassados ao Galo nos últimos anos).
A conclusão da transação está sujeita ao cumprimento de determinadas condições suspensivas e à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de acordo com a prática de mercado em transações desse porte, explica em comunicado o Demarest Advogados, assessor jurídico da Rubens e Rafael Menin (2R Holding S.A.), dois dos acionistas da holding, juntamente com Ricardo Guimarães, assessorado por Rolim, Goulart, Cardoso Advogados e Renato Salvador. Os demais assessores jurídicos foram Azevedo Sette Advogados, pelo Clube Atlético Mineiro, e Monteiro Rusu Advogados, pelo Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia. O assessor de Renato Salvador e do Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia FIGA, outro acionista do Galo, não foi identificado.
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Azevedo Sette disse que o trabalho de assessoria ao Clube Atlético Mineiro, à sua diretoria e aos dirigentes durou mais de um ano, ao longo do qual trabalharam para obter todas as aprovações da diretoria, transferir os ativos para uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF), auxiliar o Atlético no processo de reestruturação, fusões e aquisições e na apresentação perante o Cade.
“Esta é a maior e mais complexa transação já realizada no futebol brasileiro, com um dos times mais proeminentes do país, uma estrutura de dívida complexa, além de um estádio totalmente novo e uma combinação de investidores”, disse a empresa, que também auxiliou o clube na reestruturação da Arena MRV e na sua transferência e das instalações de treinamento para a SAF.
O principal acionista do Clube Atlético Mineiro é a 2R Holding, fundadores da MRV e donos do Banco Inter, enquanto Guimarães é dono do Banco BMG e Salvador é dono do Hospital Mater Dei. Segundo a mídia, outros empresários torcedores do Atlético-MG estão em negociação para se tornarem acionistas do Galo Holding, provavelmente José Mendes Nogueira (dono da mineradora J. Mendes), Euler Fuad Nejm (fundador e presidente do Grupo Super Nosso, controladora do Super Nosso, Momento, Super Nosso em casa e Apoio Mineiro) e Marcelo Patrus (proprietário da Patrus Transportes), embora nada disso tenha sido confirmado oficialmente.
Assessores jurídicos
Assessores da 2R Holding S.A.:
- Demarest Advogados: Sócios José Diaz, Andre Novaski, Bruno Drago, Fabio Braga, João Luis de Almeida, Marcello Pedroso e Tatiana Campello. Associados Betina Portella Ferreira, Bianca Reis, Camila G. Dayrell Garrote, Fausto Muniz Miyazato Teixeira, Guilherme Inaba, Job Pitthan, João Godoy, Marcelo Peloso, Marco Antonio Fonseca, Renato Dale e Rodrigo Zilio.
Assessores do Ricardo Guimarães:
- Rolim, Goulart, Cardoso Advogados: Sócios Fabio Appendino, Alessandra Rezende Torres e Paolo Zupo Mazzucato.
Assessores do Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia:
- Monteiro Rusu Advogados*
Assessores do Clube Atlético Mineiro:
- Azevedo Sette Advogados: Sócios Luiz Sette, Luis Miraglia, Bruno Felippe Almeida e Luiz Salles. Associada Sênior Natalia Meirelles Barros.
*Não confirmou sua participação.
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