
A japonesa Shinagawa Refractories celebrou acordos para adquirir os negócios de refratários no Brasil e os negócios de cerâmicas resistentes ao desgaste à base de alumina nos Estados Unidos da Saint-Gobain. O valor da transação é de €70 milhões (R$ 355 milhões em 27 de maio).
Nessa operação, anunciada em 12 de maio, o Demarest Advogados e os escritórios do Morrison Foerster nos Estados Unidos e no Japão assessoraram a Shinagawa.
O escritório americano Holland & Knight LLP e o Pinheiro Neto Advogados representaram a Saint-Gobain.
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Brasil
O negócio no Brasil opera a partir de uma unidade de produção em Vinhedo, em São Paulo, fornecendo cerâmicas refratárias para a indústria siderúrgica no Brasil. Produz uma gama completa de produtos refratários para a indústria brasileira de ferro e aço, incluindo revestimentos e reparos de fornos e produtos de calhas e canais.
Além disso, oferece soluções refratárias para um número crescente de clientes em outros setores, incluindo fundição, metais não ferrosos, petroquímicos e cimento.
Segundo um comunicado da Shinagawa, a aquisição do negócio brasileiro de refratários representa uma extensão natural da sua colaboração de longa data com a Saint-Gobain no Brasil, pela qual a Shinagawa vem fornecendo tecnologia para a fabricação de produtos refratários de ferro e aço.
Essa relação remonta a 1991, quando a Shinagawa começou a licenciar tecnologia para a produção de mistura para furos de derivação para o mercado brasileiro. Nos últimos anos, a Saint-Gobain no Brasil também representou a Shinagawa para a venda de produtos refratários fabricados no Japão para os mercados sul-americanos de siderurgia, cimento e outras indústrias.
Esta aquisição permite que a Shinagawa penetre ainda mais no mercado sul-americano para vários setores, fornecendo à Shinagawa sua própria base de produção com redes de atendimento ao cliente bem estabelecidas.
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Estados Unidos
O negócio nos Estados Unidos opera a partir de uma única unidade de produção em Latrobe, PA (perto de Pittsburgh), produzindo uma variedade de produtos de alumina resistentes ao desgaste. Esses produtos são usados para fornecer proteção contra a abrasão, reduzir o desgaste e aumentar a vida útil e a sustentabilidade de equipamentos de processamento industrial em diversos mercados finais, incluindo mineração e processamento mineral, ferro e aço, asfalto e energia.
Para a Shinagawa, a compra representa uma nova e atraente oferta de produtos não refratários adjacentes nos Estados Unidos, complementando a oferta existente da companhia para a indústria de ferro e aço norte-americana.
A Shinagawa atua no ramo de cerâmica resistente ao desgaste no Japão através da Shinagawa Fine Ceramics Co., Ltd. e esta aquisição permite à Shinagawa entrar no mercado global pela primeira vez.
A empresa explica que o fortalecimento adicional do negócio de não refratários foi um objetivo chave identificado no 5º plano de médio prazo para o período de 2021 a 2023 e esta aquisição representa a oportunidade perfeita para implementar essa estratégia.
O fechamento da aquisição é esperado para final de 2022 ou início de 2023, após a aprovação e conclusão dos procedimentos necessários.
Assessores jurídicos
Assessores da Shinagawa:
- Demarest Advogados: Sócios José Diaz, Ana Paula Schedel, André Novaski, Marc Stalder e Paola Pugliese. Associados Fábio Tayar, Leticia Barhum Hailer e Luiza Peralta.
- Morrison Foerster - Estados Unidos (Miami): Sócio Randy Bullard. Associada Astrid Menendez-Muharram.
- Morrison Foerster - Japão (Tóquio): Sócio Jeremy White. Associados Adam Harris e John de Perczel.
Assessores da Saint-Gobain:
- Holland & Knight: Sócio Paul Jaskot. Associados Kendall Wilson e Matthew Rubino.
- Pinheiro Neto Advogados: Sócio Antonio Morello. Associados Otavio Bastos Moherdaui e Maria Beatriz Junqueira Oliveira de Barros.
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