Onde o open banking vai nos levar?

Tecnologia tem um papel fundamental no processo do open banking/Canva
Tecnologia tem um papel fundamental no processo do open banking/Canva
Inovação vai elevar a experiência de finanças pessoais para os clientes.
Fecha de publicación: 25/03/2022

A inovação tecnológica molda as novas soluções de mercado, com algumas delas já sendo conhecidas por toda sociedade, como o machine learning, que é um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. Agora a novidade é o open banking, que abrange o conceito de os bancos permitirem que provedores financeiros regulamentados acessem, usem e compartilhem os dados bancários dos clientes, porém tudo é feito apenas após o consentimento do usuário. 

O principal objetivo do open banking é elevar a experiência de finanças pessoais para os clientes. Embora ver o saldo da conta e transferir dinheiro instantaneamente sejam grandes feitos, isso é apenas base do que o conceito pode fazer. Além desses pontos, o sistema financeiro aberto permite que o usuário receba dicas de orçamento, recursos de comparação de preços e aconselhamento personalizado sobre os melhores investimentos.

O open banking deve seguir três pilares para que todo o ecossistema possa se beneficiar, entre eles estão o uso da tecnologia de ponta com mecanismos seguros para proteger informações financeiras, a análise de dados para oferecer a melhor experiência aos usuários e, por fim, a questão comportamental do cliente

Diante desses três pilares, entendemos que a tecnologia tem um papel fundamental no processo do open banking. Segundo a consultoria McKinsey, entre quase 80% das operações contábeis e processamento de pagamentos podem ser automatizadas, assim como até 40% de atividades estratégicas, como relatórios, tesouraria, planejamento e análise financeira. Com este cenário, os bancos usarão a tecnologia para aconselhar os clientes sobre as melhores opções financeiras e produtos. Ou seja, em outras palavras as instituições financeiras irão parecer empresas de tecnologia. 


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O termo open banking está se tornando, rapidamente, um sinônimo para banco centralizado no cliente. A ligação entre a experiência e centralização no consumidor, somada ao conceito de sistema financeiro aberto permite que os provedores de serviços financeiros terceirizados tenham acesso aos dados, transações e histórico bancário dos usuários do banco. Com isso, é possível saber mais sobre as preferências dos clientes, o histórico de pagamento e as necessidades gerais para adaptar as ações com demanda dos usuários. 

Quando falamos da experiência do consumidor, precisamos citar a questão dos aplicativos de celulares com multifunções, como enviar e receber dinheiro. De acordo com a KPMG, organização global de firmas independentes que prestam serviços profissionais nas áreas de Audit, Tax e Advisory, enquanto as instituições financeiras realizam atividades regulamentadas, a utilização desses super aplicativos mantém a experiência e o relacionamento com o cliente.

A consultoria recomenda que os bancos se arrisquem nos mercados em que não há um super aplicativo que lidere esses serviços, para abrir a sua arquitetura programática pelo open banking e criar os seus próprios super aplicativos. 

O surgimento do open banking veio para resolver desafios que antes eram ineficientes ou não foram tratados. Por isso, é um instrumento ideal de modo a construir uma variedade de serviços inovadores adaptados a vários negócios, como: auditoria, e-commerce, contabilidade e gestão financeira.

Combinando plataformas móveis, o open banking vem para oferecer acesso seguro e rápido a serviços financeiros em qualquer lugar e no formato mais confortável para o usuário. Diante disso, os desenvolvedores precisam se envolver com essa tendência e acompanhar sobre o assunto com o objetivo de potencializar os resultados de suas ações, afinal, o papel do desenvolvedor é significativo para as empresas que trabalham com esse modelo de negócio. 

Com isso, podemos concluir que no futuro tudo será open. Como desdobramento do open banking teremos em breve o projeto open finance, que envolve mais serviços e terão todos os dados compartilhados, como no caso dos investimentos e a tecnologia será a principal ponte para evolução do sistema financeiro mundial, trazendo novas experiências aos clientes. 

*Flavio Pimenta é coordenador e membro do Comitê Técnico do The Developer's Conference e da trilha Open Banking. 

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