Securitização de créditos: a eficiência tributária e o papel das companhias nessa equação

Ao moldar operações de securitização, as empresas colhem frutos dos incentivos fiscais outorgados pelos órgãos governamentais./Canva
Ao moldar operações de securitização, as empresas colhem frutos dos incentivos fiscais outorgados pelos órgãos governamentais./Canva
Como as securitizadoras de créditos impulsionam a eficiência tributária ao oferecer estruturação financeira inteligente, atração de investidores e flexibilidade na remuneração.
Fecha de publicación: 28/09/2023

No cenário financeiro contemporâneo, a securitização de créditos emerge como uma prática estratégica que ganha cada vez mais espaço entre empresas de grande envergadura e liquidez substancial. Além de representar um mecanismo que impulsiona o crescimento, essa abordagem financeira desempenha um papel crucial no redesenho das estratégias de capitalização, ao mesmo tempo em que alavanca a capacidade de instituições em gerar receitas e explorar novas oportunidades.

 

A Securitização como ferramenta de fortalecimento financeiro

 

A securitização de créditos, uma técnica financeira sofisticada e cada vez mais disseminada, permite a conversão de ativos financeiros, como empréstimos e recebíveis, em instrumentos negociáveis. Empresas bem posicionadas financeiramente frequentemente procuram veículos para maximizar o rendimento de seus recursos excedentes.

 

Esse módulo de crédito se revela uma alternativa atrativa, possibilitando que essas empresas financiem seus clientes, viabilizando desde transações no varejo até a aquisição de obrigações de dívida. Este procedimento não apenas infunde novas correntes de receita por meio da imposição de taxas de juros sobre esses financiamentos, mas também robustece as conexões com a clientela, expandindo assim a base de consumidores.


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A engenharia financeira e seus incentivos tributários

 

Uma das prerrogativas mais notórias da securitização reside na eficiência tributária que ela proporciona. Ao criar uma subdivisão financeira especializada em securitização, as empresas conseguem usufruir de incentivos fiscais substanciais. Em diversas situações, o delineamento dessas operações culmina em isenções fiscais ou regimes tributários mais favoráveis, concorrendo para a maximização das margens de lucro. Através do emprego dos recursos provenientes da securitização para acelerar o ciclo de conversão de caixa, as empresas podem evitar despesas financeiras mais onerosas associadas a outras modalidades convencionais de captação de recursos.

 

Estímulo governamental e expansão do Mercado Financeiro

 

As instâncias governamentais, de forma recorrente, incentivam a securitização como meio de fomentar a poupança da sociedade e robustecer o sistema financeiro. Para tal intento, instrumentos como Certificados de Recebíveis (CR) e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) foram instituídos. 

 

Esses expedientes permitem que os investidores se sujeitem ao ônus fiscal apenas quando do resgate, fomentando assim aplicações de longo prazo. Essa conjuntura favorável contribui para a consolidação de um mercado de securitização mais resiliente, promovendo, por conseguinte, um crescimento contínuo dessas operações.


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Ampliando as possibilidades por meio de alianças estratégicas

 

Para aprimorar ainda mais a eficácia das operações de securitização, as empresas podem engajar-se em alianças estratégicas com fintechs. A contratação de uma fintech especializada tem o potencial de alavancar a capacidade de comercialização e distribuição dos produtos financeiros, atingindo um espectro mais amplo e diversificado de consumidores. Adicionalmente, a tecnologia desempenha um papel vital na arquitetura e gestão eficaz das operações de securitização, assegurando conformidade regulatória e transparência nas transações.

 

Com isso, podemos observar que, ao moldar operações de securitização, as empresas têm a prerrogativa de forjar uma divisão financeira, capitalizar-se, gerar receita por meio de juros e colher os frutos dos incentivos fiscais outorgados pelos órgãos governamentais. Ainda, a formação de parcerias estratégicas com fintechs e a aplicação de tecnologias adequadas revelam-se como elementos cruciais para a eficácia e prosperidade dessas operações. Dessa maneira, as empresas estão fadadas a desempenhar um papel central no cultivo de um ecossistema financeiro mais multifacetado e eficiente.

 

*Fabricio Vermelho Martins é Cofounder da Giro.Tech.

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