O artigo Como desenvolver a marca pessoal? dá uma série de chaves para a construção de uma marca pessoal para advogados, partindo do que é e do que não é uma marca pessoal, bem como quais devem ser os elementos diferenciadores. A partir dessa definição, o próximo passo é definir seu público-alvo e, consequentemente, seus canais de divulgação.
Lembre-se de que, no processo de definição da sua marca pessoal, vale a pena se perguntar: quem sou eu? O que faço? Vou continuar trabalhando nisso daqui a 5 anos? O que quero projetar? Quais são meus objetivos profissionais? Quais são meus objetivos pessoais?
O público-alvo do advogado será muito semelhante ao do escritório ou organização para o qual presta seus serviços, mas diferirá na forma como é segmentado para alcançá-lo. Isso é algo que muitas vezes causa confusão para um grande percentual dos profissionais do direito interessados em desenvolver suas marcas: como posso segmentar seu público-alvo e onde posso encontrá-lo nas mídias digitais? A seguir, analisaremos os canais de difusão no campo digital.
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Devo usar as redes sociais para oferecer meus serviços?
A escolha dos canais de divulgação adequados deve ser influenciada pelo público-alvo, ou buyer persona. Por exemplo, se o advogado for especialista em questões imigratórias para famílias e pessoas físicas, seu público será formado por pessoas físicas.
Nas redes sociais, como o Instagram, o algoritmo favorece a criação de perfis adicionais para potencializar o engajamento e interesse em conteúdos específicos. Essa dinâmica é perfeita para marcas pessoais focadas em outros tipos de indústrias que não sejam B2B. No entanto, para aqueles voltados para o setor jurídico, cujo público-alvo não são pessoas físicas, esse canal de divulgação pode não ser lucrativo.
Alguns indivíduos são atraídos pela ideia de criar perfis adicionais em redes sociais como o Instagram, com o objetivo de compartilhar conteúdo puramente profissional. Isso pode ocorrer devido à necessidade de proteger sua privacidade pessoal ou de estabelecer uma separação clara entre o que é postado em diferentes contas.
Porém, aqui reside o primeiro equívoco, principalmente para aqueles cujo público-alvo são pessoas jurídicas e não pessoas físicas. Depois de consultar alguns profissionais, cheguei à conclusão de que o uso de canais de transmissão inadequados se deve a um fator: perspectiva. Ou seja, considerar o conteúdo, o público e as redes a partir de uma perspectiva pessoal, sem se colocar no lugar do cliente.
Embora as redes sociais como o Instagram e o Facebook sejam fantásticas para manter o contato com familiares, amigos, colegas e contatos, não são o canal ideal para se comunicar com o público-alvo de um advogado que, pela sua natureza, trabalha com empresas. No entanto, é importante observar que essas plataformas não podem ser totalmente descartadas.
Para contas profissionais de organizações e advogados cujo público-alvo são pessoas físicas, com segmentação adequada e um plano de conteúdo bem elaborado, as redes sociais podem ser muito úteis e têm sido observados resultados positivos em termos de percepção, posicionamento firme e atração de novos leads. No entanto, é importante ter em mente que, no caso de serviços jurídicos, os executivos costumam procurar prestadores de serviços jurídicos fora das redes sociais, pois não confiam plenamente nesses meios para tomar decisões nessa área.
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Redes sociais para fortalecer a marca pessoal
A rede social por excelência para advogados interessados em desenvolver sua marca sempre será o LinkedIn. Essa rede permite criar e manter contatos com a sua rede profissional, bem como partilhar conteúdos de valor adequado dirigidos ao público-alvo.
No LinkedIn, a mensagem terá a recepção desejada, será rentável e estará focada em oferecer soluções oportunas. É o meio ideal para criar uma imagem de liderança na esfera digital e será o complemento perfeito para ações de desenvolvimento de negócios e exposição de marcas realizadas em sindicatos, associações, conselhos de administração e outros contextos.
No artigo anterior sobre a construção da marca pessoal, foi mencionado que o fator tempo é o principal desafio para os advogados. Nesse cenário, o LinkedIn se posiciona como a melhor opção para concentrar todos os esforços em uma única rede, por ser a plataforma mais completa e profissional. Quando o tempo é limitado, não é necessário estar presente em todas as redes sociais. É fundamental priorizar aquela que é mais relevante para não descuidar da presença neste tipo de mídia.
A escolha das redes sociais como canais de divulgação deve ser abordada de forma semelhante à elaboração de um plano de desenvolvimento de negócios. É necessário selecionar as atividades e os grupos comerciais de acordo com os ramos de atuação do advogado. Em outras palavras, você deve adotar uma abordagem estratégica baseada no buyer persona e no que é relevante para a prática jurídica do advogado.
Assim, ao desenvolver estratégias de marca pessoal para advogados, será sempre imperativo escolher os canais de divulgação adequados, mesmo no âmbito digital. Esses devem estar em sinergia com o público-alvo ou buyer persona. Se os líderes empresariais e tomadores de decisão não estiverem ativos em determinadas redes sociais, essas não são as indicadas para divulgar conteúdo valioso.
*Natalia Villanueva, sócia KP da UpWyse para a América Central e Caribe ([email protected]).
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