Você conhece a situação financeira da sua firma?
A necessidade de um plano de produtividade, por que e para quê? foi entre os últimos seis artigos publicados na Gestão LexLatin, o artigo mais lido. Este é o primeiro de uma série de três que publicaremos por Gustavo Rodríguez sobre o assunto. Nesta primeira parte, Gustavo analisou os principais indicadores que nos permitem conhecer o desempenho financeiro da empresa.
Se o desempenho financeiro de uma organização sempre foi de vital importância, hoje em dia tanto as firmas como seus clientes desenvolvem suas atividades em um ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo (VUCA). Isso nos cobra mais atenção sobre o conhecimento do desempenho financeiro da firma com a periodicidade que as circunstâncias e a necessidade o exigem. Contar com essa informação, produto da análise de dados que gera a firma, permite aos responsáveis da área financeira e aos sócios administradores conhecer uma série de indicadores sobre sua situação econômica para a tomada de todas aquelas decisões que têm um impacto financeiro e que vão desde investimentos em desenvolvimentos tecnológicos e sua correspondente plataforma, como a mudança e/o redesenho dos seus escritórios.
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A mudança e/ou redesenho dos escritórios é um dilema que muitas das firmas enfrentam hoje em dia. Sabemos que o retorno aos escritórios não será cem por cento, algo que vimos por conta da experiência vivida trabalhando de forma remota por quase um ano e meio. Isso deixou claro que o home office é um modelo viável e que a produtividade da firma não se viu afetada pelo dito modelo de trabalho. Acredito que podemos dizer que é um feito que a maior parte das firmas implementaram: um modelo híbrido onde os profissionais e pessoal administrativo trabalhará parte do tempo de forma remota e parte no escritório. Isto obrigará as firmas, a partir do caso particular de cada uma delas, a reduzir seus espaços e/ou redesenhar os mesmos ou ambos e a ajustar uma série de políticas que levará ao desenvolvimento de uma nova cultura.
Na América Latina não temos maiores indicadores da reação do mercado jurídico sobre este tema, mas uma pesquisa feita no fim do ano passado nos Estados Unidos pela CBRE (United States Commercial Real Estate Services), respondida por 180 firmas de diferentes dimensões, demonstrou que os escritórios estão definindo novos padrões de eficiência em quatro principais áreas:
- Tamanho dos escritórios de sócios e associados.
- Redução drástica do espaço reservado para crescimento.
- Ajuste das proporções do pessoal de apoio administrativo e de secretariado para o desenvolvimento de centros de apoio.
- Gestão eficiente do espaço remoto de arquivos e bibliotecas, incluindo a sua digitalização.
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Cerca de 72% dos entrevistados pela pesquisa consideram que toda rede de pessoal terá certo grau de flexibilidade para trabalhar de forma remota. 75% considerariam definir uma estratégia de mobilidade para que o seu pessoal compartilhe espaço versus escritórios de uso exclusivo. Um advogado deve trabalhar ao menos dois ou três dias de forma remota para implementar estratégias para o uso compartilhado de escritórios no lugar de ter escritórios de uso exclusivo.
* Fernando Peláez-Pier é diretor da LexLatin e editor da Gestão LexLatin
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