O Botafogo de Futebol e Regatas anunciou a criação da sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a venda de 90% das ações para John C. Textor, através da Eagle Holding. O valor total envolvido na operação é de R$ 1,3 bilhão, entre aportes e obrigações de pagamento de dívidas.
Nessa operação, anunciada em 3 de marlo, o Botafogo contou com a assessoria jurídica do BMA - Barbosa Müssnich Aragão, com suas equipes de direito corporativo e mercado de capitais.
O John Textor foi assessorado pelo Campos Mello Advogados, que realizou uma due diligence legal e regulatória no clube e auxiliou na negociação, elaboração e execução dos documentos da transação.
OFICIAL 🤝
— Botafogo F.R. (@Botafogo) March 3, 2022
Acionista John Textor e Presidente Durcesio Mello assinam contrato visando a transferência do controle da Botafogo SAF. Que seja o início de uma ERA GLORIOSA 🔥 #VamosBOTAFOGO pic.twitter.com/hYw4V9H3xT
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O clube foi um dos primeiros no país a adotar o formato clube-empresa. A nova Lei da SAF, que permite a criação da sociedade anônima sem as práticas do modelo associativo sem fins lucrativos, obriga os clubes à regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com a possibilidade de captar recursos por meio do mercado de capitais.
A transformação permite a capitalização de recursos financeiros por meio da emissão de títulos de dívida, estruturação de fundos de investimentos, bem como da oferta de valores mobiliários em bolsa de valores, possibilitando a restruturação de todos os passivos.
Segundo o clube, a Lei da SAF vai ao encontro do que o Botafogo já trabalhava há dois anos, destacando a profissionalização com ampla reformulação administrativa e econômica, de acordo com um modelo de governança corporativa no futebol e departamentos internos envolvidos.
“Nós entendemos que apesar do enorme desafio financeiro é possível reestruturar a dívida e ao mesmo tempo captar novos investimentos. Temos ativos valiosos, que vão desde os atletas até a tradição, o peso da marca e o tamanho da torcida. A SAF é bem clara neste sentido, e o Botafogo sempre entendeu que era possível fazer os dois movimentos. Dá para preservar o passado sem se esquecer de construir o futuro. E para isso acontecer, temos a obrigação de entregar uma gestão exemplar e transparente, que se perpetue na cultura de honrar compromissos”, afirma Jorge Braga, CEO do Botafogo.
Com a chegada de John Textor para o clube, o Botafogo visa garantir o futuro treinador, Luís Castro, e espera reforços de jogadores. O empresário também é proprietário de parte do clube inglês Crystal Palace e de um clube da segunda divisão belga.
Assessores jurídicos
Assessores do Botafogo:
- BMA - Barbosa Müssnich Aragão: Sócio Francisco Müssnich. Associados Thiago Luís Frazão e Henrique Garcia Pimenta.
Assessores da Eagle Holding Inc. - John Textor:
- Campos Mello Advogados: Sócios Jorge Gallo e Renata Amorim. Advogados Flavia Ferreira, Lucas Bernabé, Ilanna Mendonça e João Pedro Zagni.
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